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A final mais justa

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Fluminense e Vasco chegam com justiça à decisão da Taça Guanabara. Foram os times mais ofensivos e disciplinados taticamente. O Flamengo, com seu elenco milionário ainda à procura de uma formação ideal, ficou pelo caminho, punido no Fla-Flu da semifinal por se preocupar mais em não levar gols do que marcá-los.

Apesar de os cruz-maltinos terem vencido o duelo com os tricolores, ainda na fase de grupos, não há favoritismo no jogo de hoje. O primeiro confronto foi equilibradíssimo (o Vasco ganhou por 1 a 0) e o Flu, com razão, reclama de um pênalti absurdamente não marcado a seu favor.

Do lado da Colina, jogadores como Cáceres, Lucas Mineiro, Thiago Galhardo, Pikachu, Max Lopez e o jovem Marrony (ótima revelação) acabaram dando à equipe de Alberto Valentim uma consistência maior até do que era esperada no início da temporada. Como se costuma dizer na gíria dos boleiros: deu liga, o time encaixou. Se isso será suficiente para competições mais fortes, só o tempo dirá - e a classificação dramática, na Copa do Brasil, contra o Juazeirense, é um bom alerta. Mas para o Carioquinha, está funcionando, como provam os 100% de aproveitamento até agora.

Da parte das Laranjeiras, o grande destaque é mesmo o técnico Fernando Diniz, com sua proposta de futebol ousado e de toque de bola, mantida mesmo diante de adversários tecnicamente mais fortes, como aconteceu no Fla-Flu. Com uma linha de frente que tem dado conta do recado, com Luciano (o melhor do time), Everaldo e Yony González, o Fluminense ainda se ressente de um bom armador no meio-campo, carência que deve ser suprida, a partir da Taça Rio, com a estreia de Paulo Henrique Ganso.

Ganhe quem ganhar, logo mais, no Maracanã, o título estará bem entregue. E que o Flamengo e, principalmente, o Botafogo tratem de melhorar para a disputa da Taça Rio. Com a escalafobética forma de disputa desse carioquinha do Rubinho, o mínimo que se espera é que os quatro grandes cheguem ao quadrangular final.

O culpado

Abel errou ao entregar o controle do jogo para o Fluminense e buscar o gol apenas em contra-ataques. A vantagem do empate lhe fez mal. Ainda assim, teria classificado o Flamengo não fossem dois erros crassos de Arrascaeta: o primeiro, num contra-ataque, aos 42 minutos do segundo tempo, quando não tocou a bola para Gabigol, livre e em ótima posição para marcar, dentro da área (preferiu o passe para o morfético Renê, na esquerda, e a jogada não deu em nada); depois pela incrível displicência e soberba, aos 47 minutos, quando perdeu uma bola boba que originou o gol tricolor e a derrota e eliminação do Fla. É bom o uruguaio começar a jogar muito, a partir de agora, para justificar a fortuna gasta na sua contratação...

Tags:

coluna | futebol | jogo | taça

Óbvio ululante

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Enquanto o Flamengo tiver Pará, de um lado, e Renê, do outro, jamais poderá ser considerado um grande time.