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Mico do River, alerta para o Fla

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A eliminação do River Plate pelo Al Ain, dos Emirados Árabes, que só entrou no Mundial por ser do país sede, é mais um claro alerta de como o futebol jogado na América do Sul anda medíocre e é capaz de apanhar de qualquer timeco mequetrefe do mais recôndito canto do planeta.

O resultado, que certamente fez a torcida do Boca Juniors dar gargalhadas homéricas e cambalhotas de alegria, serve como alerta aos brasileiros que acham que pegaram grupos relativamente fáceis no sorteio da Libertadores.

É o caso do Flamengo, que dividirá a chave com o Peñarol, do Uruguai, a LDU do Equador (Quito) e um time boliviano que, muito provavelmente, será o San José, de Oruro, que fica a 3.700 metros de altitude.

Os otimistas de plantão alegam que o pentacampeão Peñarol não é mais o mesmo (foi goleado pelo Atlético Paranaense, em Montevidéu, na Sul-Americana), que a LDU também está longe de ter uma equipe forte como a que ganhou a Libertadores, contra o Fluminense, em pleno Maracanã, e que a maior arma do San José é a altitude. Ok. Mas ainda que assim seja, achar que a classificação rubro-negra será uma barbada beira a insanidade.

O histórico rubro-negro nas últimas participações mostra uma série de eliminações justamente nesta fase e, este ano, a queda foi logo na primeira rodada de mata-mata, após uma campanha cheia de tropeços indesejáveis dentro do seu grupo. Ou seja, faz tempo que a Libertadores é uma tremenda pedra na chuteira rubro-negra.

Jogar na altitude, seja contra quem for, é complicadíssimo. E, a menos que o Royal Pari, de Santa Cruz de La Sierra (que fica a nível do mar), consiga uma improvável virada no campeonato boliviano, duas das partidas do Fla, nesta fase de grupos serão “no alto do morro”: contra a LDU, nos 2.850 metros de Quito, e o San José, nos alucinantes 3.700 metros de Oruro. Decididamente, não dá pra achar que será moleza.

Chegadas e partidas

Pablo não vem e, sinceramente, acho que não valia os 7 milhões de euros que o Atlético Paranaense queria por ele. Marcelo Cirino chegou com muito mais cartaz, há alguns anos, foi um tremendo fiasco e o Fla levou um baita prejuízo. Fala-se agora em Mariano, para a lateral-direita, Miranda, para substituir Réver, na zaga, e Gabigol para o comando do ataque. São ótimos reforços. Mas, mesmo que venham, não acho que o Flamengo deva abrir mão dos Diegos. Com a saída de Lucas Paquetá, o camisa dez é o único meia-armador do elenco e o camisa um é um goleiraço, bem superior ao César. Basta ter uma boa conversa com ele. Abel é craque nisso.