ASSINE
search button

Adeus às ilusões rubro-negras

Compartilhar

Depois do empate com o Palmeiras, no Maracanã, as chances de o Flamengo conquistar o título brasileiro já tinham se tornado muito pequenas. Com o empate de ontem, no Morumbi, passaram a ser apenas “matemáticas”. A distância para o líder é de seis pontos. E faltam apenas seis rodadas. Em outras palavras, salvo um milagre, já era.

Eduardo Bandeira de Mello terminará assim o seu último ano de mandato sem ganhar bulhufas, apesar de ter gastado mais de R$ 100 milhões em contratações e renovações de contrato somente este ano. Se tivesse demitido o estagiário Maurício Barbieri bem mais cedo, quem sabe? O presidente e os que dirigem o futebol rubro-negro não sabem, porque não são do ramo. E, como diria Muricy Ramalho, a bola pune.

No empate de ontem, assim como acontecera com Lucas Paquetá, diante do Palmeiras, os rubro-negros desperdiçaram os chamados gols feitos, que poderiam ter garantido a vitória. Uribe, no primeiro tempo, e Vitinho, no segundo, chutaram nas nuvens, com a baliza escancarada e o goleiro do São Paulo batido.

O jogo em si foi franco e divertido. O Flamengo tomou a iniciativa, mas correu sempre atrás no placar. Quando teve as oportunidades para virar, as perdeu. E, tal qual acontecera na eliminação na Copa do Brasil, com Pedrinho, levou um gol de um garoto talentoso, que entrou e, na primeira jogada, estufou as redes. Desta vez, o autor foi Helinho, de apenas 18 anos. Em confronto com a velocidade dos meninos, torna-se evidente a lentidão da zaga rubro-negra. Algo a corrigir com reforços, no ano que vem.

Com 60 pontos, cinco a mais do que o Grêmio, o quinto colocado na tabela, o Flamengo tem uma situação relativamente confortável em termos de garantir uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores do ano que vem. Mas precisa voltar a vencer – já são dois empates consecutivos. O próximo compromisso é o clássico carioca contra o Botafogo, que ainda luta contra o fantasma do rebaixamento.

Gatito garante

Assim como o Vasco, na véspera, o Botafogo conseguiu, ontem, uma vitória importantíssima na sua luta contra o rebaixamento. Ao derrotar o Corinthians por 1 a 0, abriu quatro pontos para o Z-4, faltando seis rodadas para o final. O time de Zé Ricardo jogou bem no primeiro tempo e, no segundo, preferiu se defender e arriscar apenas alguns contra-ataques. O goleiro Gatito Fernández, que voltou ao time depois de longa ausência, por contusão, fez uma defesa espetacular, no último lance da partida, garantindo o triunfo.

Pelas contas dos matemáticos, o Gigante da Colina e o Glorioso ainda precisam somar sete pontos, para não correr risco algum. Ficou um pouco mais fácil, mas não dá para vacilar.

Um novo astro

O jovem Karen Khachanov jogou uma barbaridade e teve pela frente um Novak Djokovic que não foi nem sombra do jogador que beirou a perfeição contra Roger Federer, na semifinal. Gripado e evidentemente desgastado, pelas três horas da partida da véspera, o sérvio até esboçou um início animador, quebrando o saque do adversário e abrindo 3 a 1, no primeiro set, mas não foi capaz de impedir a reação do russo, que tomou conta da quadra, a partir daí, vencendo por 7/5 e 6/4 e conquistando assim o seu primeiro título de Masters 1000 – Djokovic tentava o seu vigésimo terceiro.

A conquista do Khachanov, entretanto, não pode ser empanada pela atuação abaixo do normal de Nole. Em sua surpreendente campanha, Karen bateu John Isner, Alexander Zvererv e Dominic Thiem. Com a vitória na final, portanto, somou triunfos sobre quatro jogadores do “top ten”. Uma campanha espetacular e incontestável. Com o título, o russo aparecerá na décima primeira posição do ranking, hoje. É mais um nome da nova geração surgindo para confrontar os três balzaquianos que lideram o tênis: Federer, Nadal e Djokovic.

Após a derrota, Novak elogiou muito o adversário e se disse muito satisfeito, apesar da derrota na final:

– Foi um excelente torneio. Não tenho do que me queixar. Recuperei o número 1 e me sinto em ótima forma para a disputa do ATP Finals, a partir de domingo.

Este torneio, o último do ano, promete. Principalmente se Rafael Nadal (que desistiu de Paris por um desconforto no músculo abdominal) puder jogar. Neste caso, ele e Djokovic lutarão cabeça a cabeça pela honra de terminar a temporada na liderança do ranking.

Ridículo Felipão

O ataque de pelanca que Luiz Felipe Scolari teve com os jornalistas (“Vão pro inferno!”, vociferou, ao retirar o destrambelhado Deyverson de uma entrevista, ao final do jogo entre Palmeiras e Santos) mostra que, aos 70 anos, ele continua o mesmo grosseirão de sempre. Nem a idade foi capaz de torná-lo minimamente educado. Só aparece mansinho quando vence. Ou quando toma de 7 a 1 e não sabe nem o que dizer. Lamentável.

Fio desencapado

Aliás, o que se pode dizer de Deyverson? Nunca vi um jogador tão maluco, destrambelhado. Autêntica granada sem pino, pronta para criar uma confusão monumental em campo. Caso típico de tratamento psiquiátrico.

Tags:

Flamengo | futebol