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E aí, Barbieri?

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O que estará pensando da nova fase do Flamengo o seu antigo técnico Maurício Barbieri? Sob o comando de Dorival Júnior já são quatro jogos, com três vitórias seguidas: duas por 3 a 0, uma por 4 a 0. O que houve com aquela equipe de “armandinhos” que tocava, tocava e tocava a bola, mas tinha enorme dificuldade para balançar as redes adversárias?

Em início de carreira, o estagiário que dirigiu o rubro-negro deveria estudar seriamente o que mudou, para não repetir erros nos próximos times que comandar. Já os “estagiários” de dirigente, que o colocaram no cargo, poderiam fazer um mea-culpa e admitir a estupidez que fizeram e o tempo absurdo que demoraram para corrigir o erro.

A próxima partida, contra o líder Palmeiras, é a hora da onça beber água. Se o Flamengo vencer, no Maracanã, disputará as oito rodadas finais com chances reais de disputar o hexa. Nem o empate serve.

Coisa de amador

A absurda crise com Diego Alves é típica de um clube cujo departamento de futebol é dirigido por incompetentes. Se fossem do ramo, já conheceriam bem a personalidade do goleiro e o teriam preparado antes para a barração, que só lhe foi comunicada na hora do embarque para Curitiba, provocando o bafafá. Diego se revoltou e resolveu não viajar.

Particularmente, não entendo a preferência de Dorival Junior por César, goleiro apenas razoável e esforçado. Mas já que o técnico resolveu prestigiar o time que vinha ganhando, uma conversa prévia deveria ter sido agendada. Não foi, e agora o clube tem um pepino e tanto nas mãos. Vai punir Diego Alves pela indisciplina, queimando assim um de seus principais jogadores? Vai reconduzi-lo ao time titular, dando a impressão de que se dobrou aos caprichos do goleiro?

Qualquer solução agora é ruim. Parabéns aos envolvidos.

Fluminense escapou

Ao derrotar o Atlético Mineiro, por 1 a 0, no Nilton Santos, o Fluminense chegou aos 40 pontos e está virtualmente livre do fantasma do rebaixamento. Com boa vontade, pode até sonhar com uma vaga na Libertadores caso um dos brasileiros (Palmeiras ou Grêmio) vença a competição, possibilitando assim que o sétimo colocado na tabela do Brasileirão também se credencie ao torneio do ano que vem – o Flu é atualmente o nono. No momento, o Santos é quem se beneficiaria do G-7. Tem 42 pontos e ainda joga na rodada, hoje, contra o Inter, no Beira-Rio. A torcida tricolor será colorada, esta noite.

Sofrimento até o fim

A derrota do Vasco para o Sport, na Ilha do Retiro, só não o recolocou na zona da degola porque nenhum de seus concorrentes diretos venceu. Mas seu péssimo desempenho como visitante (nenhuma vitória, sete empates e oito derrotas) é preocupante e o próximo adversário, ainda que em São Januário, é uma pedreira: o Internacional, que briga pelo título. O fantasma do rebaixamento, pelo visto, continuará a rondar a Colina Histórica até as últimas rodadas. Como se não bastasse, há ainda a eterna crise política, com a possibilidade concreta de realização de novas eleições.

Brincando com fogo

Derrotar o Bahia, jogando no Nilton Santos, era obrigação para o Botafogo, após três empates consecutivos. O time de Zé Ricardo, porém, acabou derrotado e deixou o campo sob o coro de “sem-vergonha”. O esquema com três volantes vem se mostrando incapaz de dar segurança à defesa e, naturalmente, tem enorme dificuldade para criar no ataque. Depois de sofrer o gol, o treinador colocou mais atacantes em campo, mas nada surtiu efeito. Sorte do Glorioso que os primeiros do Z-4 perderam e foi possível, assim, manter a distância de quatro pontos de vantagem. Mas com a bolinha murcha que está jogando, não dá pra ficar tranquilo, não...

Boa, Kimi!

O GP de Austin, nos EUA, foi emocionante e terminou com uma vitória especial da Ferrari de Kimi Raikkonen – que se tornou assim o finlandês com o maior número de triunfos na F-1: 21, contra 20 de Mika Hakkinen. Kimi não vencia desde o GP da Austrália em 2013. Acho que a Mercedes errou, ontem, ao optar por uma estratégia de duas paradas para Lewis Hamilton (que acabou em terceiro), mas ainda assim a corrida teve emoções fortes nas últimas dez voltas, quando o inglês perseguiu de perto a Ferrari do líder e a Red Bull, de Max Verstappen.

Sebastian Vettel, que chegou em quarto, voltou a errar feio, ao se chocar com Daniel Riccardo, e acabou perdendo muitas posições e se afastando da luta pela vitória. Saiu dos EUA ainda na disputa pelo título, mas suas chances são apenas matemáticas. Hamilton tem tudo para ser pentacampeão já no próximo final de semana, no circuito Hermanos Rodriguez, no México.

Deusas das quadras

Que jogaço espetacular foi a final feminina do Mundial de Vôlei! Decidida no tie-break do quinto set, o título ficou, pela primeira vez, com a Sérvia da fenomenal oposta Tijana Boskovic, de 21 anos, decisiva na hora da verdade. Do lado italiano, brilhou a também oposta Paolo Egonu, de apenas 19 anos, maior pontuadora da final: fez 33 pontos, contra 26 de Boskovic. A China, atual campeã olímpica, ficou em terceiro lugar e a Holanda, em quarto. O Brasil decepcionou, acabando em sétimo. Os próximos anos serão dureza, Zé Roberto Guimarães.

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