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Qual o preço do lixo?

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As grandes conurbações urbanas trazem situações mais extremas em diversos pontos. O lixo é um dos grandes problemas em uma cidade. Cada cidadão gera em média, 1kg de resíduos por dia no Brasil. Quanto mais rico é a comunidade, mais lixo é gerado. 30 milhões de toneladas que são destinados a locais inadequados afeta 40% da população brasileira, segunda a Abrelpe - Associação brasileira de empresas de limpeza pública e resíduos especiais.

Temos visto o quanto cidades descomprometidas com o bem estar dos cidadãos, tem sofrido a cada chuva. A destinação inadequada do lixo, consequência da falta de informação e educação da população é um dos grandes problemas. A ocupação inadequada do solo é uma alavanca para o caos.

Caímos sempre na questão do sentimento de pertencimento da cidade pelo cidadão. Quanto menor o nível cultural e consciência das consequências de cada ato, maior é a extensão dos desastres.

Hoje, a comunicação está muito facilitada. A criação de campanhas de baixo custo e divulgação por meio das redes sociais podem ser bastante efetivas.

Temos que nos reinventar a cada dia. A busca pela excelência deve passar pela simplicidade dos projetos. O difícil é fazer o simples. A responsabilidade e os alvos devem ser bem definidos. O foco no resultado é o Norte.

Lixo é tudo que para nada mais serve (são considerados rejeitos), todo o resto que pode ser reciclado, reaproveitado, reutilizado ou mesmo transformado, é resíduo. deve ser selecionado e classificado quanto as suas características para adequada destinação.

Aqui já a primeira grande oportunidade de negócio. As organizações que têm isto como objetivo, podem gerar emprego e renda a uma faixa da sociedade e isso é extraordinário. O primeiro passo para isso foi dado há algum tempo. Foi bastante divulgado a necessidade da separação dos resíduos. Hoje quando vemos os reservatórios coloridos com a respectiva identificação, somo impelidos a colocar papel no lugar de papel, orgânico em orgânicos, vidro em vidros e os metálicos em metálicos.

Outra oportunidade está nos centros de reciclagem e uma das mais importantes é a que está relacionada a geração de energia. A biodigestão é uma solução bastante importante, não só como elemento fundamental no desenvolvimento, mas também como transformação dos resíduos orgânicos em energia de um lado e do outro o subproduto que é um rico adubo.

Agora, temos uma trave no caminho do sucesso. As edificações comerciais/residenciais que fizerem o dever de casa e separarem seus resíduos, de nada ou quase nada adiantará. Como está a coleta seletiva nestes centros urbanos? Há coleta seletiva ou todos os resíduos são coletados e transportados no mesmo caminhão, juntos?

Bom, dentro do quadro acima, cabe mais um questionamento. E os resíduos perigosos, será que estão indo, no mesmo saco de “lixo”? Como é na sua casa e no seu trabalho? Onde você deposita as pilhas, o celular velho, os carregadores de equipamentos eletrônicos e os teclados quebrados? A transformação começa dentro de cada cidadão. Se isso dá trabalho? Sim, dá, mas esse é o preço.

Cidades inteligentes? Sim, precisamos, mas também precisamos mudar e rever nossos conceitos, e muito.

Na indústria, como é? De acordo com a NBR 10004, os resíduos devem ser identificados e classificados se são: perigosos, inertes ou não inertes, sendo as classificações: Classe I - resíduos perigosos, II A – resíduos não inertes e II B – resíduos inertes. Para classificar deve-se fazer uma amostra representativa (NBR 10.007) e realizar os procedimentos para classificação (NBRs: 10.005 e 10.006).

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deve ser lida e compreendida. Para tal, deve ser divulgada e campanhas publicitárias são imprescindíveis.

Podemos pensar que uma cidade inteligente deve fiscalizar e punir. Sabemos que tecnologia para fiscalização não falta. Mas onde fica a responsabilidade de educar?

Gosta do assunto e quer sugerir algum tema? Envie um e-mail para [email protected]

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