A sonda Chang'e-4 havia pousado em janeiro deste ano no lado oculto da Lua, na cratera lunar de Von Karman, uma das maiores crateras de impacto no Sistema Solar.
Cientistas chineses divulgaram agora os primeiros resultados do estudo do subsolo a partir das amostras coletadas na face oculta da Lua, segundo o jornal Nature.
O rover Yutu-2 descobriu (ortho)piroxênio e olivina, minerais de alta densidade com baixo teor de cálcio e alto teor de ferro.
Here's a map of Yutu-2's drive route in Von Kármán crater, created by Phil Stooke of the University of Western Ontario. Day 5 is tentative & day 4 still approximate due to lack of available info, but excellent work, using released Chang'e-4 mission images. https://t.co/zsk0oc4SSI pic.twitter.com/WC1Rgfwi8z
— Andrew Jones (@AJ_FI) 17 de maio de 2019
O mapa da rota percorrida pelo rover Yutu-2 na cratera Von Karman, elaborado por Phil Stooke da Universidade Western Ontario (Canadá). As informações do dia 4 e 5 e ainda são aproximadas devido à falta de informações disponíveis, mas o trabalho é excelente, usando imagens tiradas pela sonda Chang'e-4.
Os cientistas pensam que estas rochas pertenciam originalmente ao manto superior da Lua, mas foram ejetadas para a superfície devido ao impacto dos meteoritos.
Os investigadores destacam que, ao longo dos últimos 60 anos, somente a crosta da Lua, formada por minerais da classe da plagióclase, foi analisada.
Os cientistas acreditam que o manto é composto por elementos químicos mais pesados como o ferro e o manganês, mas a composição das rochas que formam o manto é ainda desconhecida.
Tanto o rover como a sonda estão realizando mediações e coletando amostras de rochas que podem revelar no futuro novas informações sobre a face inexplorada do satélite natural da Terra.
A sonda Chang'e-4 foi lançada de um foguete Long March 3B no dia 8 de dezembro e aterrissou com sucesso no dia 3 de janeiro na face oculta da Lua.