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Mais de 400 golfinhos encontrados mortos na costa atlântica francesa

Arquivo / Ré Nature Environnement/ Divulgação France Nature Enviroment -
Golfinho morto em praia da costa francesa
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Mais de 400 golfinhos foram encontrados mortos na costa atlântica francesa desde o início de janeiro, informou o observatório Pelagis, especializado em mamíferos e aves marinhas, lamentando um fenômeno alarmante.

"A maioria dos animais examinados tinham traços de captura acidental e, portanto, morreram em redes de pesca", explicou à AFP Hélène Peltier, pesquisadora do observatório.

"Desde o início de janeiro (...), mais de 400" corpos de golfinhos foram encontrados encalhados na costa oeste da França, "entre o sul da Bretanha e a fronteira espanhola", disse ela.

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Golfinho morto em praia da costa francesa (Foto: Arquivo / Ré Nature Environnement/ Divulgação France Nature Enviroment)

A associação para a conservação da natureza "France Nature Environment" lamentou em um comunicado um número que "já bate os recordes de invernos anteriores para o mesmo período observado".

"No mesmo período, houve mais (encalhes) este ano do que no ano passado, se olharmos para o mesmo período. No ano passado, os encalhes mais importantes ocorreram em fevereiro-março, quando contabilizamos 800. Mas esse ano já temos 400 no início de fevereiro. Então a grande questão é saber se a situação vai se acalmar ou não", apontou Peltier.

France Nature Environnement pede "uma redução imediata" do número de embarcações de pesca, alertando para o fato de que, todos os anos, "mil carcaças de golfinhos aparecem na costa francesa. E isso é apenas a ponta do iceberg, já que a maioria dos corpos simplesmente afunda no fundo do oceano".

Medir a extensão do fenômeno é particularmente complexo, de acordo com Hélène Peltier, porque durante as outras estações do ano, "mesmo se houvesse esses eventos, não os veríamos porque os ventos não nos trariam necessariamente os cadáveres".

Além disso, é difícil identificar as causas. Em parte, porque eles "se alimentam das mesmas presas que o robalo e a pescada, que são alvos de alguns pescadores", ressalta Peltier.

Os cetáceos ficam "presos nas redes e depois entram em pânico e morrem".

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