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Existe um planeta-destruidor no Sistema Solar, dizem cientistas

Jacob A. Kegerreis/Durham University -
Hipótese sobre a colisão de Urano com um grande planetesimal foi proposta há várias décadas
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Cientistas da Universidade de Durham, na Inglaterra, provaram que alguns bilhões de anos atrás um planeta desconhecido, duas vezes maior que a Terra, colidiu com Urano. Isso explica por que o eixo de Urano ficou “de lado”, ao contrário de todos os outros planetas do Sistema Solar.

O corpo celeste pode ser, nesse caso, o nono planeta que se tem procurado. Isso foi relatado em um comunicado de imprensa no Phys.org.

A hipótese sobre a colisão de Urano com um grande planetesimal foi proposta há várias décadas, mas nem todos os pesquisadores concordam com isso. Foi expressa uma versão diferente, segundo a qual o seu eixo de rotação foi "balançado" por um grande satélite que depois desapareceu.

Os resultados da simulação mostraram que a colisão com um objeto grande e a mudança final no eixo de rotação ocorreram em poucas horas. Entretanto, os astrônomos consideram uma colisão com vários corpos celestes menores como menos provável. De acordo com os cientistas, o planeta que bateu em Urano ainda pode estar presente no Sistema Solar e estaria muito além da órbita de Plutão, ou seja, seria o nono planeta que os astrônomos buscam há vários anos.

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Hipótese sobre a colisão de Urano com um grande planetesimal foi proposta há várias décadas (Foto: Jacob A. Kegerreis/Durham University)

A catástrofe planetária ocorreu há 3-4 bilhões de anos atrás, possivelmente antes dos satélites de Urano se terem formado. Então o gigante de gelo era um protoplaneta com um disco de gás e poeira, do qual surgiram subsequentemente suas luas. A inclinação do eixo de Urano afetou a inclinação das órbitas de rotação dos satélites e a orientação de seus próprios eixos. A colisão também levou à formação de uma camada externa que mantém o calor dentro do planeta (a temperatura da tropopausa do gigante gasoso é de 216 graus Celsius negativos).

São chamados de gigantes de gelo uma classe de planetas que são compostos de amônia, metano e sulfeto de hidrogênio na forma de líquidos supercríticos. No Sistema Solar, eles são representados por Urano e Netuno. Hidrogênio e hélio correspondem a 20% da massa, o que os distingue dos gigantes gasosos como Júpiter e Saturno (nestes a proporção de hidrogênio e hélio representa 80%).