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Mercúrio é o planeta mais misterioso do Sistema Solar; entenda por quê

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A Agência Espacial Europeia lançou recentemente a missão BepiColombo para Mercúrio, em uma tentativa de conhecer um pouco melhor o planeta.

O planeta é um dos mais misteriosos do nosso Sistema Solar principalmente por apresentar uma estrutura anormal e por ser dono de gelo escondido em crateras, mantendo, assim, a esperança de haver vida.

Em 1975, a primeira sonda foi enviada para Mercúrio — Mariner 10. Através das fotos da sonda foi possível analisar o solo do planeta, que segundo astrônomos, era semelhante à superfície lunar, tendo sofrido intensos impactos de meteoritos e sendo coberto por crateras em sua maioria antigas, indicando, assim, ausência de vulcanismo ou movimento de placas tectônicas. Mercúrio não possui satélites conhecidos, assim como Vênus, e, por essa razão, são chamados de planetas sem lua.

O movimento de rotação de Mercúrio está diretamente ligado ao período orbital, que gira uma volta e meia a cada órbita. O tempo gasto para completar o movimento de rotação corresponde a 59 dias.

Uma das maiores dificuldades relacionadas às pesquisas seria a proximidade do planeta ao Sol. A última missão em Mercúrio foi finalizada em 2015, depois de a sonda Messenger passar dois anos orbitando ao redor do planeta, tendo sido lançada da Terra em 2004.

Além disso, hoje em dia não há possibilidade de lançar qualquer dispositivo técnico diretamente ao planeta, pelo simples fato de que ele certamente cairia devido à força gravitacional, fazendo com que qualquer dispositivo lançado em sua direção leve anos para chegar ao seu em torno, já que o percurso exigiria correções e uma velocidade muito reduzida para evitar ações gravitacionais.

A missão BepiColombo realizará a primeira manobra gravitacional nas proximidades da Terra apenas em abril de 2020. Além disso, serão realizadas outras duas manobras em torno de Vênus e seis ao redor de Mercúrio, chegando à órbita do planeta apenas em 2025, onde deverá passar um ano analisando o planeta longínquo.

A BepiColombo conta com dois dispositivos desenvolvidos por pesquisadores europeus e japoneses. Além do mais, a sonda tem três espectrômetros do Instituto de Pesquisas Espaciais da Academia de Ciências da Rússia — MGNS, PHEBUS e MSASI.

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