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Viagem ao centro da Terra: cientistas confirmam que o núcleo do planeta é sólido

CC BY-SA 3.0/SoylentGreen -
Centro da terra
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Pesquisadores australianos conseguiram encontrar meio para detectar as ondas que passam através do núcleo da Terra e que são extremadamente fracas e quase impossíveis de ser observadas.

Um estudo realizado por especialistas da Universidade Nacional da Austrália (ANU, na sigla em inglês) confirmou forte evidência de que o núcleo da Terra é sólido, algo assumido a partir do início do século XX, mas nunca provado.

O professor Hrvoje Tkalcic e o doutor em filosofia Schanlar Than-Son Pham conseguiram elaborar um método para detectar as ondas sísmicas de fase J.

Há uma grande variedade de ondas, de modo que algumas avançam e retrocedem como vagões de trem, enquanto outras sobem e descem como ondas do oceano. Assim, dependendo do tipo de onda, as características dos materiais que elas atravessam podem ser identificadas.

Um delas são as ondas da fase J que atravessam o núcleo do planeta. O problema que enfrentam os investigadores é que são extremamente fracas e quase impossíveis de detectar ou observar diretamente. No entanto, a equipe da ANU encontrou um jeito.

Ao invés de observar as ondas diretamente, os cientistas examinaram os sinais que chegaram a dois receptores diferentes depois de um forte terremoto. Em seguida, eles compararam as sismografias de cada par para encontrar as semelhanças entre eles.

"A partir dessas semelhanças, construímos um correlograma global [imagem da estatística da correlação], ou seja, uma espécie de marca digital da Terra", disse Tklacic em um comunicado da ANU.

Apesar de que hoje há poucos conhecimentos sobre o núcleo da Terra: sua idade exata, temperatura ou como se formou e atua seu campo eletromagnético que gera a gravitação.

Por esta razão, os pesquisadores acreditam esse novo meio de investigação e os novos avanços na sismologia global nos permitirão aprofundar seus estudos, ajudando a entender o processo evolutivo do nosso planeta.

Apesar de que hoje há poucos conhecimentos sobre o núcleo da Terra: sua idade exata, temperatura ou como se formou e atua seu campo eletromagnético que gera a gravitação.

 

Por esta razão, os pesquisadores acreditam esse novo meio de investigação e os novos avanços na sismologia global nos permitirão aprofundar seus estudos, ajudando a entender o processo evolutivo do nosso planeta.