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Por Bolsonaro, Brasil leva prêmio Fóssil do Ano pela primeira vez na COP do Clima

Reuters/Adriano Machado -
INFORME JB: 'Bolsonaro só se esqueceu de combinar com os russos, no caso, os governadores'
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O Brasil ganhou nesta sexta-feira (13) o prêmio Fóssil do Ano, como “país que mais atrapalhou o clima em 2019”.

A premiação aconteceu no final da COP-25, conferência da ONU sobre mudanças climáticas. É a primeira vez que o país leva o prêmio em referência às suas ações ao longo de todo o ano.

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Bolsonaro foi acusado pelo desmonte de políticas ambientais (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

O prêmio acusa o governo Bolsonaro de ter desmontado as políticas ambientais que levaram às reduções de emissões do país, enquanto criminaliza ambientalista. Também aponta o aumento nas taxas de desmatamento, nas invasões de terras o assassinato de três lideranças indígenas apenas nesta semana no texto que justifica a escolha do país para o troféu.

O Brasil já tinha vencido o Fóssil do Dia ainda no início da COP-25, junto a Austrália e Japão, e voltou a ser ‘premiado’ na última terça (17), quando o governo Bolsonaro publicou a MP da regularização fundiária, criticada por ambientalistas por facilitar a grilagem de terras e o desmatamento.

A organizadora da premiação é uma rede que representa mais de 1.000 ONGs ambientalistas no mundo, a CAN (Rede de Ação Climática, na sigla em inglês).

O prêmio, já tradicional nas COPs do clima, sinaliza a percepção das organizações ambientalistas de todo o mundo sobre os países, julgando tanto suas posturas nas negociações como suas políticas domésticas.

Com a marca inédita de três troféus em uma COP, o Brasil sofre mudança radical na sua imagem para as ONGs brasileiras e internacionais.

“Que diferença um ano faz. Berço da Convenção do Clima da ONU e amplamente elogiado por cortes impressionantes em suas emissões na última década, o Brasil se tornou um pária climático”, diz o texto da CAN, que justifica a ‘vitória’ do Brasil na premiação.(Ana Carolina Amaral/FolhaPress)