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'Washington Post': Doenças misteriosas afetam 21 diplomatas dos EUA em Cuba

Alguns dos sintomas são: perda auditiva, dificuldades visuais, cognitivas, fadiga e tontura

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Uma premissa central da iniciativa do presidente Barack Obama de abrir relações com Cuba era que mais envolvimento dos EUA levaria a mudanças na ilha. 

A mudança é certamente necessária, mas eventos recentes sugerem que a realidade desagradável da ditadura de Fidel Castro permanece em vigor, mesmo no crepúsculo do governo de seu irmão Raúl, de 86 anos, afirma matéria publicada nesta segunda-feira (2) pelo jornal norte-americano Washington Post.

Segundo a reportagem vinte e um diplomatas dos EUA em Cuba relataram ser atingidos por doenças inexplicadas, incluindo perda auditiva, tonturas, zumbido, dificuldades visuais, dores de cabeça, fadiga e dificuldades cognitivas, de equilíbrio e de sono. Algumas atribuíram as doenças a ataques "sônicos" estranhos que surgiram há 10 meses. Originalmente descrito pelo Departamento de Estado como um "incidente", eles agora estão sendo chamados de "ataque", e a porta-voz deste assunto, Carol Morello, relata que especificamente os americanos foram alvo e isto é claro na ivestigação.

O Departamento de Estado tomou a providência na semana passada de retirar o pessoal não essencial e familiares de Cuba, cerca de 60% da equipe dos EUA, desde que o perigo permaneça e a causa seja desconhecida. O povo cubano será punido por isso; os Estados Unidos estão impedindo imediatamente o processamento de pedidos de visto pelos cubanos e exortando os americanos a não viajarem para Cuba, destaca o NYT.

Em uma reunião em Washington, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse ao secretário de Estado Rex Tillerson que Cuba não era responsável pelas doenças. Cuba disse que havia investigado, mas até agora não encontrou origem ou causa. Tem havido especulações de que poderia ter sido causado por um terceiro país que mandou pessoas a Cuba para atingir os americanos. De qualquer forma, a reação de Cuba é inadequada, avalia Post. 

O New York Times publicou uma reportagem sobre médicos que foram enviados pelo governo sob contrato para servir no Brasil e, uma vez lá, se rebelaram contra as condições de trabalho precárias e baixos salários. Um deles, Maireilys Álvarez Rodríguez, disse que era diferente no Brasil, "um país onde você é livre, onde ninguém pergunta onde você está indo ou diz o que você tem que fazer". 

>> Washington Post