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Número de países atingidos por ataque cibernético passa dos 70

Vírus que sequestra dados de computadores pode ter partido do Brasil, diz Portugal

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O número de países atingidos por ataques a sistemas de informática de empresas e serviços públicos subiu para 74, entre eles o Brasil, de acordo com a empresa de segurança russa Kaspersky Lab. O coordenador do Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal, Pedro Veiga, apontou que o ataque poderia ter origem no Brasil. Ele destacou, contudo, a dificuldade de determinar a raiz de ações como esta. O The New York Times noticia que o mega ataque pode ter sido feito com um vírus roubado da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos pelo grupo Shadow Brokers.

Em Londres, o ataque atingiu o sistema de saúde. Postos de saúde, telefones e computadores pararam de funcionar e pacientes tiveram que ser transferidos. Na Espanha, a empresa Telefónica teve que desligar os computadores da sua sede em Madri. A empresa, contudo, destacou mais tarde que o problema ficou limitado aos computadores de alguns funcionários e que não comprometeu a operação ou a prestação de serviços.

"Seus computadores agora estão sob nosso controle", diz um trecho da mensagem do vírus, conforme reportou um médico nas redes sociais. A mesma mensagem apareceu nas máquinas da empresa espanhola Telefónica.

No Brasil, os portais do governo de São Paulo, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça saíram do ar nesta sexta-feira (12), por precaução.

A Unidade de Combate ao Cibercrime e Criminalidade Tecnológica da Polícia Judiciária de Portugal investiga o ataque, de acordo com informações do jornal português Diário de Notícias. Serviços do Santander e da KPMG foram atingidos no país, segundo a publicação.

O ataque funcionaria da seguinte forma, os computadores recebem alertas de um software que embaralha os arquivos da máquina e depois pede um "resgate" em bitcoins.

O vírus afetaria apenas quem utiliza os sistemas da Microsoft. O ataque aproveita uma vulnerabilidade de um protocolo chamado SMB, estendendo-se depois a outras máquinas Windows na mesma rede.

O nível de ciberameaça deste ataque, de acordo com o Centro Criptológico Nacional da Espanha, é "muito alto".