Um sênior funcionário norte-coreano disse à AP na quinta-feira que a Coreia do Norte planeja fincar sua bandeira nacional na superfície da Lua na próxima década. Especialistas em foguetes russos analisam tais ambições.
Em declarações à AP, Hyon Kwang Il, diretor do departamento de pesquisa científica da Administração nacional de Desenvolvimento de programas aeroespaciais da Coreia do Norte, disse que apesar de todos os países tentarem impedir a realização desses planos, a República Popular Democrática da Coreia fincará bandeira na Lua.
No entanto, analistas russos estão pessimistas sobre as ambições norte-coreanas. Vladimir Dvorkin, ex-diretor do Instituto Central de Pesquisa do Ministério da Defesa russo, acredita ser pouco provável que a Coreia do Norte conduza a exploração lunar.
O engenheiro, que participou de programas de mísseis da União Soviética desde o início dos anos 1960, frisou que não acredita que a Coréia do Norte tenha “a capacidade tecnológica para criar um veículo de lançamento superpesado, nem uma nave espacial que possa levá-los à Lua”. O problema principal dos voos espaciais é que para enviar uma carga de 1 quilo ao espaço, é utilizada cerca de uma tonelada de combustível.
O site russo, Gazeta.ru, comparou o foguete norte-coreano Unha-3 com foguetes lunares criados pelos EUA e pela União Soviética nos anos 60 do século passado:
"O peso inicial do foguete americano Saturn 5 era de 2.965 toneladas. O peso inicial do foguete N1 Soviético era de 2.950 toneladas e tinha um diâmetro de 17 metros. Finalmente, o peso do mais potente e moderno foguete transportador russo, Energiya, era de 2.400 toneladas <…> Sendo assim, o foguete norte-coreano, pesando 91 toneladas, parece ser mais leve que o normal", concluiu Gazeta.ru.