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Museu Nacional inaugura exposição permanente de sua vasta coleção de meteoritos

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Uma reflexão sobre as origens do nosso planeta e o futuro reservado a ele é o que propõe a exposição Meteoritos – da Gênese ao Apocalipse, aberta no final da tarde de quinta-feira (3) no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio. Com peças do próprio acervo do museu, a mostra é a mais abrangente já feita sobre o tema e permite ao visitante aprender sobre a importância desses fragmentos extraterrestres, desde o surgimento da vida na Terra até a extinção de espécies como os dinossauros.

O título da exposição reflete a preocupação da curadoria em explicar não só o que são os meteoritos mas, também, como eles influenciaram na formação do Sistema Solar e na origem da vida. O caráter mitológico dessas pedras que caíram do céu, foram associadas aos deuses e adoradas como divindades e objetos sagrados, a exemplo da Kaaba dos muçulmanos, também é destacado na mostra.

“Pelo menos duas datas do cristianismo, o Natal e a Páscoa, estão associadas a meteoros”, lembra a curadora da exposição, professora Elizabeth Zucolotto. Na organização da mostra, ela optou pela interatividade: o visitante pode tocar e até mesmo tirar uma selfie sentado em meteoritos como o Santa Luzia, encontrado em 1925 em Goiás. O meteorito é um dos destaques da coleção do museu.

“Um meteorito não é só uma pedra. Tocar nele é tocar num asteróide, num fragmento de um outro planeta, em algo mais antigo que o nosso planeta”, ressalta a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), à qual o Museu Nacional é vinculado.

A instituição é detentora da maior coleção de meteoritos do país, com 62 peças. “O mais famoso é o Bendegó, encontrado no sertão da Bahia no século 18. Desde 1888 ele integra o acervo do museu. Já foi o maior do mundo, mas na quinta-feira ocupa a 16ª posição”, disse Elizabeth Zucolotto.

A exposição coincide com o 6º Encontro Internacional de Meteoritos e Vulcões, também aberto nesta quinta-feira no museu. O evento reúne especialistas nacionais e internacionais da área, entre eles o pesquisador Klaus Keil, da Universidade do Havaí (EUA), considerado um dos maiores cientistas no estudo da meteorítica. As palestras do encontro prosseguem nesta sexta-feira (4) no Instituto de Geociência da UFRJ, no campi da Ilha do Fundão.

Exposição permanente, Meteoritos – da Gênese ao Apocalipse pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 17h, e nas segundas-feiras, das 12h às 17h. Os ingressos custam R$ 6, a inteira, e R$ 3, a meia. Crianças de até 5 anos e portadores de necessidades especiais têm gratuidade.

O Museu Nacional fica na Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristóvão, zona norte do Rio.