Jornal do Brasil
NOVA YORK - Os restos fósseis de um animal que viveu há 47 milhões de anos na Alemanha foram apresentados nesta terça-feira no Museu de História Natural em Nova York como um possível ancestral comum dos macacos e dos seres humanos.
O fóssil, que recebeu o nome científico de Darwinius masillae e o apelido de Ida, tem unhas como as dos humanos, polegares opositores, que permitem segurar objetos, e o formato de um osso no tornozelo semelhante ao dos seres humanos.
Quando Darwin publicou A Origem das Espécies, em 1859, ele falou muito sobre espécies transitórias e disse que, se elas nunca fossem encontradas, toda sua teoria estaria errada disse o Jorn Hurum, que liderou a pesquisa no Museu Nacional de História da Noruega. Por isso Darwin estaria muito feliz se estivesse vivo hoje.
Hurum, ao lado de uma equipe de paleontólogos e outros especialistas, passou os dois últimos anos estudando Ida em segredo. O museu comprou o fóssil do negociador Thomas Perner por cerca de US$ 1 milhão depois que ele conseguiu o artigo com um paleontólogo amador na Alemanha. O homem, não identificado, achou o fóssil em 1983, perto da cidade de Frankfurt, e o manteve conservado na parede de sua casa, até vendê-lo para Perner.
O fóssil, de 53 centímetros, está em estado tão bom de conservação que é possível ver sua pele e traços de sua última refeição. Ele se assemelha a um lêmure.