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SEATTLE - O vice-presidente de finanças da Microsoft prevê pelo menos mais um ano de dificuldades em todas as áreas, já que a economia não está mostrando sinais imediatos de recuperação. Ao mesmo tempo, a maior fabricante de softwares do mundo confirmou que reduziu em 10 por cento a taxa paga às empresas que lhe fornecem mão-de-obra temporária, num esforço para cortar custos diante da queda na demanda por seus aplicativos e aparelhos.
- Uma contração razoavelmente substancial é a maneira como encaramos a situação - disse Christopher Liddell, vice-presidente de finanças da Microsoft, em uma conferência do Goldman Sachs sobre tecnologia.
- A duração da contração e sua profundidade são algo que nenhum de nós pode saber... A despeito do que dizem os políticos e outros, é provável que no próximo ano ou dois tenhamos um ambiente comercial difícil - disse.
A Microsoft confirmou, em anúncio separado, que reduziu as taxas pagas às agências que lhe fornecem mão-de-obra temporária, alegando que isso é parte de um amplo plano de corte de custos anunciado em janeiro, que prevê a demissão de 5 mil funcionários ao longo dos próximos 18 meses.
A medida foi motivada "pela necessidade de promover reduções de custo mais amplas", disse um porta-voz da Microsoft, acrescentando que os cortes não afetavam os trabalhadores mais capacitados, como programadores.
A empresa tem cerca de 95 mil funcionários, mas não fornece o número de trabalhadores temporários ou terceirizados e não informa também o montante que essa medida permitirá economizar. Na conferência do Goldman Sachs, Liddell disse que o lançamento do novo sistema operacional Windows 7 poderia ajudar na recuperação das vendas de computadores pessoais no ano que vem.