A homenagem ao cavalo mangalarga marchador que a Beija Flor de Nilópolis levou para a Marquês de Sapucaí fluía muito bem até a hora do sétimo carro alegórico adentrar a Passarela do Samba. O veículo empacou antes do primeiro recuo da bateria, e a agremiação viu seu carnaval ameaçado - pelo menos no quesito evolução. Com o enguiço, a escola teve um imenso buraco aberto entre a 39ª e 44ª ala.
Quando finalmente o veículo foi desempacado e adentrou a Marquês já era tarde demais. Mesmo com a correria, o fiasco foi inevitável. O problema no carro "A capital da realiza no Brasil" botou abaixo o favoritismo da Azul e Branca de Anísio.
No início do desfile, a escola veio bem. Sua comissão de frente simbolizou a luta de São Jorge contra o dragão, com componentes fantasiados de guerreiros e puxando um cavalo da raça. Já o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira se apresentaram com fantasias decoradas com plumas laranjas.
O carro abre-alas da escola Beija-Flor trouxe teve três grandes estátuas de monstros e a decoração que representava a idade da pedra. Já a segunda alegoria representava o uso do cavalo nas tarefas diárias do homem durante os tempos antigos.
A bateria da Beija-Flor, fantasiada de cigano, também utilizou as 'paradinhas' na avenida, mas foi pouco mais tradicional que as duas que desfilaram anteriormente. Já as baianas se vestiram de amarelo gema e vieram como 'Matriarcas ciganas'.
As alegorias da Beija-Flor chamaram a atenção do público na Sapucaí. Tradicionalmente luxuosas, trouxeram muitas cores e diversas esculturas - que completavam praticamente todos os espaços dos carros.
A escola teve problemas com um dos oito carros alegóricos, atrapalhando um pouco a evolução na avenida, já que um pequeno espaço ficou entre a alegoria e uma das alas.
No quesito fantasias, a agremiação de Nilópolis mostrou que optou por utilizar cores sóbrias, como as variações do marrom, do dourado e prateado, além das oficiais: o branco e o azul.