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"Maior desafio da Mangueira é com ela mesma", diz Ivo Meirelles

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Perto de uma nova eleição na escola, o presidente da Estação Primeira de Mangueira, Ivo Meirelles, foi categórico ao dizer que a escola só depende dela mesmo para se superar na Sapucaí. Para o presidente, será preciso que a escola vislumbre um parâmetro maior do que a própria Mangueira. “Nós precisamos tirar a alma e arrebatar o público. Acho que o povo cuiabano vai se sentir representado”, afirmou.

Ivo também contou que no desfile a escola fará uma homenagem ao Delegado, morto em novembro de 2012. “Ele foi presidente de honra da Mangueira. Vai fazer muita falta nesse desfile. Tenho certeza que vou chorar”, declarou Ivo Meirelles, que elogiou ainda a homenagem feita a Jamelão, mangueirense, na Unidos do Jacarezinho, da Série A das escolas de samba.

Clima tenso na concentração

Muito nervosos, os integrantes da Mangueira entraram em pequenos conflitos antes de entrarem na avenida. Primeiro, um dos ritmistas cismou de tocar o instrumento, quando por regra é necessário que se haja silêncio antes de entrar na Sapucaí, podendo a escola ser sujeita a perder pontos.  Diretores tentavam orientar o ritmista que, ansioso, demorou a ouvir os colegas.

Já perto do carro Abre-Alas O morro com seus barracões de zinco: Mangueira Estação Primeira, que trazia a velha-guarda,  os responsáveis  discutiam o excesso de gente que estava em cima do veículo, o que segundo alguns, não seria o combinado inicial. E ao serem perguntados do porquê de tanto nervosismo, uma das diretoras de ala respondeu que a Mangueira era “assim mesmo”. Já um apoiador da escola logo soltou: “Mangueira é que nem Brasil. Todo mundo adora, mas ninguém trabalha e ajuda. É muita gente atrapalhando”, disse o mangueirense, que preferiu não se identificar.

Baluarte e estreante estavam orgulhosos

Dilno Emílio Ferreira, baluarte da Mangueira prometeu e cumpriu: “Nós vamos mostrar para a Sapucaí o que é samba no pé de verdade”. E assim foi: assim que a bateria entrou em ação, terminaram todas as tensões e a preocupação estampada nos rostos dos participantes deu lugar a um sorriso largo e uma bateria de arrepiar, apesar de mais adiante haver problemas com relação ao espaço em que ocupava a bateria. “Este enredo foi uma surpresa que nós reservamos ao público”, completou, confiante, Dilno.

Renata Molinaro, que estreou no Carnaval como supermusa da Mangueira, no 5º carro Arco da iluminação a força da fé iluminada de Cuiabá, não via a hora de desfilar: “Estou me preparando desde novembro, quando o convite surgiu. Malhando mais, ensaiando. E agora eu quero sentir de verdade o que é isso aqui, porque todos me dizem que eu vou adorar, que vou querer voltar para o início da avenida, porque passa muito rápido. Estou ansiosa”, concluiu.