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Acadêmicos do Salgueiro leva 'Fama' à Marquês de Sapucaí

Viviane Araújo vem à frente da bateria "Furiosa". São ao todo 3.800 componentes na escola

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Segunda escola a desfilar na Marquês de Sapucaí, a Acadêmicos do Salgueiro leva a 'Fama' para a avenida. A apresentação dos seus 3.800 componentes será dividida em sete setores com sete alegorias.

No primeiro setor surge o tapete vermelho, por onde os famosos gostam de desfilar. Logo em seguida vem a fama retratada na antiguidade, os retratistas da era medieval e os bailes de máscara.

O quinto setor será aberto pelo carro Fotoshopping, que vai mostrar um shopping center que “vende” novas caras, bocas, narizes, olhos e muito mais, para que anônimos não passem despercebidos nos jornais, revistas e TVs. No sexto setor vem a Pleasure Island, o sonho de todas essas celebridades.

O desfile termina com os anônimos que ajudaram a fazer a fama do Salgueiro. Neste setor, a escola vai lembrar seus grandes carnavais, com seus personagens marcantes: Djalma Sabiá, o único fundador vivo da escola, os baluartes, pessoas e personagens que tornaram o Salgueiro famoso, como Xica da Silva, Chico Rei e Debret, entre outros. 

FICHA TÉCNICA: 

Enredo: "Fama"

Comissão de carnaval: Regina Celi, Anderson Abreu e Renato Duran 

Carvalescos: Renato Lage e Márcia Lage

Intérpretes: Quinho, Serginho do Porto e Leonardo Bessa

Diretor de Harmonia: Jô Calça Larga

Mestre de Bateria:Marcão

Rainha de Bateria:Viviane Araújo

Mestre-Sala: Sidclei

Porta-Bandeira:Gleice Simpatia

Comissão de Frente: Hélio Bejani

HISTÓRIA

No início do século XX, na cidade do Rio de Janeiro, um morro situado no bairro da Tijuca, antes usado para plantação de café, tornou-se em lugar de moradia para imigrantes e escravos, o livre casario perdurou até a chegada do português Domingos Alves Salgueiro. Ele era dono de trinta barracos no morro. Com o passar do tempo, o morro foi batizado com  seu nome, morro do “seu Salgueiro”, e depois, morro do Salgueiro.

Em sua história, o morro chegou a abrigar mais de dez blocos, entre eles o Capricho do Salgueiro, Flor dos Camiseiros, Terreiro Grande, Príncipe da Floresta, Pedra Lisa, Unidos da Grota e Voz do Salgueiro. Nos anos 30, no alto do morro do Salgueiro, Dona Alice Maria de Lourdes do Nascimento começou a organizar um corpo de jurados para premiar os blocos que desfilavam. Os blocos começaram a se unir, daí surgiram três escolas de samba no morro: “Unidos do Salgueiro”, de cores azul e rosa, a “Azul e Branco” e a alviverde “Depois Eu Digo”. 

No dia 24 de fevereiro de 1953 houve a primeira união das três escolas, depois do carnaval daquele ano, na Confederação Brasileira das Escolas de Samba. Mas ainda houve divergências entre as três escolas, e a Unidos do Salgueiro decidiu desfilar sozinha nos anos seguintes, sendo extinta algum tempo depois. 

A escola de samba Acadêmicos do Salgueiro foi fundada a partir da união dos sambistas da Depois Eu Digo e da Azul e Branco, em 5 de março de 1953 e seu primeiro presidente foi Paulino de Oliveira. Em 1960, o famoso carnavalesco Fernando Pamplona iniciou seus trabalhos na escola. A agremiação conquistou  títulos em 1960, 1963, 1965, 1969, 1971, 1974, 1975, 1993 e 2009. Os mais marcantes recentemente foram com os enredos de 1993 e 2009: Peguei Um Ita no Norte (1993) e Tambor (2009).