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Primeira Biblioteca Comunitária indígena é inaugurada em Paraty

Miguel Angelo/Divulgação -
A construção do espaço de leitura foi fruto da parceria dos indígenas com a Mar de Leitores
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A Biblioteca Comunitária Itaxi Mirim, em Paraty, na Costa Verde do Rio, pulsa forte no coração da Aldeia Itaxi. O espaço que foi inaugurado no dia 18 de outubro com as bênçãos do Cacique Miguel, de 120 anos, é a primeira biblioteca comunitária indígena do estado do Rio e integra a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC).

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A construção do espaço de leitura foi fruto da parceria dos indígenas com a Mar de Leitores (Foto: Miguel Angelo/Divulgação)

"Esse espaço é importante tanto para as crianças quanto para os adultos, para que eles possam saber a importância da leitura e ter acesso aos livros e a literatura dos autores indígenas. Não são todas as aldeias que têm uma biblioteca. Vamos convidar outras aldeias para conhecer nosso espaço.” afirmou Flávia Arã, uma das responsáveis pela biblioteca.

A construção do espaço de leitura foi fruto da parceria dos indígenas com a Mar de Leitores, rede de bibliotecas comunitárias de Paraty que integra a rede nacional. Foram seis meses para construção, que teve a colaboração das crianças na decoração, como a pintura do mobiliário. Nas estantes um acervo rico e diverso de literatura da cultura indígena, está disponível para aproximadamente 40 famílias e 200 integrantes da aldeia.

"Estamos honrados de ter uma biblioteca comunitária em aldeia indígena. É muito bonito ver a alegria das crianças da aldeia ao entrar neste novo espaço feito e querido por elas", afirmou Bernadete Passos, integrante da rede Mar de Leitores e da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias.

Criada em 2015, a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias tem mais de 110 bibliotecas espalhadas nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste para a formação de leitores, a incidência política na área do livro e da leitura e para a democratização do acesso ao livro e a leitura no país. A Rede tem em média 23 mil atendimentos mensais diretos em suas bibliotecas, sendo que 1.200 atendimentos são para pessoas indígenas.