CINEMA

Festival do Rio divulga vencedores de sua edição 2023

O prêmio de Melhor Ficção da Première Brasil foi para ‘A batalha da Rua Maria Antônia’, de Vera Egito

Por MYRNA SILVEIRA BRANDÃO
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Publicado em 16/10/2023 às 10:10

Cena de 'A Batalha da Rua Maria Antônia' Foto: divulgação/Globo Filmes

O Festival Internacional de Cinema do Rio anunciou nesse domingo (15) os premiados de sua 25ª edição, que teve início em 05 de outubro.

“A batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito, venceu o prêmio de Melhor Filme de Ficção, da mostra Première Brasil, dedicada a produções nacionais e considerada uma das principais vitrines do cinema brasileiro.

Rodado em 21 planos-sequência – longas tomadas sem cortes –, o filme resgata o emblemático episódio da resistência estudantil ao regime militar, quando estudantes da Universidade de São Paulo e da Universidade Presbiteriana Mackenzie entraram em conflito na Rua Maria Antônia, às vésperas da assinatura do AI-5.

“Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi dos Santos – formado por recortes de entrevistas do comediante –, venceu na categoria de Melhor Documentário.

“Sem coração”, de Tião e Nara Normande, e “20.000 espécies de abelhas”, de Estibaliz Urresola Solaguren, venceram, respectivamente, como Melhor Filme Nacional e Melhor Filme Internacional, o Prêmio Felix.

Excelente programação e exibição de clássicos do cinema brasileiro

O Festival do Rio costuma se definir como “o maior festival cinematográfico da América Latina”. De fato, o evento já exibiu incontáveis longas-metragens, incluindo obras premiadas em grandes festivais internacionais como Berlim, Cannes, Veneza, Toronto, entre outros.

É, sem dúvida, um evento que, além de formar plateias, dá um grande destaque para o cinema brasileiro, como é o caso da Première Brasil.

Nesta edição, mais uma vez, colocou no ar uma ótima programação. Na seleção internacional, trouxe filmes de nomes consagrados no cenário cinematográfico mundial, e na seleção nacional não foi diferente.

Resumindo, foi uma edição primorosa, na qual a magia e o encantamento do cinema estiveram presentes o tempo todo.


RELAÇÃO COMPLETA DOS PREMIADOS

Revelação: Carolina Markowicz, diretora de “Pedágio”.

PREMIÈRE BRASIL
Melhor curta: “Cabana”, de Adriana de Faria
Melhor documentário: “Othelo, o Grande”, de Lucas H. Rossi dos Santos
Melhor direção de documentário: Daniel Gonçalves, por “Assexybilidade”
Menção honrosa de documentário: “Black Rio! Black Power!”, de Emílio Domingos
Melhor atriz: Maeve Jinkings, por “Pedágio”, e Grace Passô, por “O dia que te conheci”
Melhor ator: Kauã Alvarenga, por “Pedágio”
Melhor atriz coadjuvante: Aline Marta Maia, por “Pedágio”
Melhor ator coadjuvante: Carlos Francisco, por “Estranho caminho”
Melhor fotografia: Evgenia Alexandrova, por “Sem coração”
Melhor direção de arte: Vicente Saldanha, por “Pedágio”
Melhor montagem: Eva Randolph, por “Levante”
Melhor roteiro: Guto Parente, por “Estranho caminho”
Melhor direção de ficção: Lillah Halla, por Levante
Melhor filme de ficção: “A batalha da Rua Maria Antônia”, de Vera Egito
Prêmio especial do júri: “O dia que te conheci”, de André Novais de Oliveira

 

PREMIÈRE BRASIL - NOVOS RUMOS

Melhor longa: “Saudade fez morada aqui dentro”, de Haroldo Borges
Melhor curta: “Dependências”, de Luisa Arraes
Melhor direção: Ricardo Alves Jr., por “Tudo o que você podia ser”
Prêmio especial do júri: “A alma das coisas”, de Douglas Soares
Menção honrosa: “Iracemas”, de Tuca Siqueira, e “Bizarros peixes das fossas abissais”, de Marão

 

PRÊMIO FÉLIX

Melhor filme brasileiro: “Sem coração”, de Tião e Nara Normande
Melhor Filme Internacional: “20.000 espécies de abelhas”, de Estibaliz Urresola Solaguren
Melhor documentário: “Orlando, minha biografia política, de Paul B. Preciado
Menção honrosa de documentário: “Assexybilidade”, de Daniel Gonçalves
Prêmio especial do júri: “Tudo o que você podia ser”, de Ricardo Alves Jr.
Troféu Suzy Capó de personalidade do ano: Nanda Costa e Lan Lanh

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