CINEMA

Crítica - ‘Morte a Pinochet’: filme mostra um plano fracassado de matar o tirano ditador chileno

Cotação: três estrelas

Por TOM LEÃO
nacovadoleao.blogspot.com.br

Publicado em 18/02/2023 às 18:50

Alterado em 18/02/2023 às 18:51

O filme chileno 'Morte a Pinochet' mostra o plano de um grupo que tentou matar o general ditador Augusto Pinochet, em 1986 divulgação

Passado durante os anos da ditadura do sanguinário general Augusto Pinochet, no Chile (mais especificamente, em 1986), ‘Morte a Pinochet’ (‘Matar a Pinochet’, 2020), de Juan Ignacio Sabatini, é uma produção dramática chilena, focada em três jovens: Ramiro (Cristián Carvajal), Tamara (Daniela Ramirez) e Sacha. Juntos e unidos a um braço armado do Partido Comunista Chileno, eles planejaram matar o tirano. Contudo, a própria história já nos mostrou que, infelizmente, tal fato não aconteceu. Traições atropelaram o plano.

A trama é focada especificamente em setembro de 1986, quando esse grupo de jovens teve nas mãos a oportunidade de mudar o destino de um país: acabar com Pinochet (no filme, feito por Hector Aguillar) numa emboscada na estrada. O Chile vivia uma das ditaduras mais cruéis da América Latina (a de Augusto Pinochet foi de 1973 a 1990). Os vizinhos, Brasil e Argentina, também estiveram sob ditadura militar.

Contudo, o professor Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sacha, com backgrounds de vida distintos, junto com outros, marcam o ataque para uma tarde de domingo, em 1986. Ramiro é um ex-professor de educação física que se dedicou à luta armada; Sacha, um jovem humilde das favelas de Santiago, um entusiasta do futebol, sem formação política; e Tamara, uma psicóloga, que deixou uma família de classe alta para viver na clandestinidade, e se tornou a única mulher com posto de comandante na Frente Patriótica. Não importa as origens ou classe social. Todos tinham um objetivo comum: matar Pinochet, um dos mais cruéis ditadores da História.

O filme (que dura enxutos 82 minutos) mostra o grupo se preparando para o dia do ataque, e o que aconteceu depois que tudo deu errado. O principal é firmar a história desses heróis anônimos, que jamais deverá ser esquecida. Quem enaltece ditaduras não sabe o horror que era viver nelas.

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COTAÇÕES: ***** excelente / **** muito bom / *** bom / ** regular / * ruim / bola preta: péssimo.