Crítica - 'Oferenda ao demônio' traz uma trama de terror já vista, mas sob perspectiva das lendas judaicas

Hollywood nos acostumou a ver todo o tipo de filme de terror envolvendo demônios, exorcismos, possessões e que tais, quase sempre, sob a ótica das tradições cristãs. Por isso, causa curiosidade um filme como ‘Oferenda ao demônio’ (‘The offering’) que traz uma trama com alguns elementos que já vimos antes, só que sob uma perspectiva da cultura e tradições judaicas, com seus próprios demônios e rituais.

A partir de uma trama familiar, que envolve um filho, Arthur (Nick Blood), que estava afastado de seu pai, Saul (Allan Corduner), e tenta se reaproximar dele através de sua esposa, Claire (Emily Weisemann), que está grávida, somos introduzidos a um demônio milenar, chamado Abyzou. Ele é introduzido no meio desta família - que tem um negócio de funerária -, através do cadáver de um amigo de Saul, que chega na casa para ser preparado para o funeral. Acontece que este corpo trazia Abyzou aprisionado dentro dele e, na hora de se fazer os procedimentos para embalsamento, Abyzou é liberado.

E não apenas isso. Esse demônio adora ter como vítimas crianças. E a esposa de Arthur está justamente grávida de uma menina. No meio disso tudo, há uma subtrama que mostra que Arthur só se reaproximou do pai, já bastante idoso, de olho em herdar (para vender) a enorme casa no Brooklyn, Nova York, onde fica a funerária da família. E assim, entre um susto e outros, as duas tramas correm paralelas, até um final nada feliz.

Este mesmo demônio, Abyzou, já foi mostrado em outro filme, ‘Possessão’ (2012); e outra entidade vinda das crenças judaicas, o Dybbuk, que também gosta de mulheres grávidas, foi mostrado em ‘Alma perdida’ (‘The unborn’, 2009).

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