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"Coringa" conquista Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza

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O drama sombrio "Coringa", sobre as origens do vilão, conquistou neste sábado o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, enquanto o drama militar de Roman Polanski sobre o notório caso Dreyfus na França venceu o Grande Prêmio do Juri.

Joaquin Phoenix, que recebeu elogios de críticos no festival, interpreta o adversário do Batman em sua transformação de um solitário vulnerável a um vilão confiante.

"Coringa" se distancia dos filmes típicos de super-heróis, com o diretor Todd Phillips, que disse ter se inspirado nos filmes de estudo de personagens dos anos 1970, usando iluminação e música sombrias o tempo todo.

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(Foto: Reprodução)

"Quero agradecer à Warner Bros e à DC por terem saído de sua zona de conforto e terem adota uma postura tão ousada em mim e neste filme", disse Phillips em seu discurso de agradecimento.

Em uma decisão surpreendente "J'Acuse" (Eu Acuso), de Polanski, recebeu o Leão de Prata-Grande Prêmio do Júri.

Numa época de #MeToo e com apenas duas diretoras do total de 21 cineastas na competição, os organizadores do festival enfrentaram críticas por incluir o trabalho de Polanski no programa devido à nova controvérsia sobre sua condenação por um crime sexual.

Eles defenderam a inclusão, afirmando que era o filme, não o homem, sendo julgado.

Polanski, que fugiu dos Estados Unidos depois de se declarar culpado em 1977 por fazer sexo ilegal com uma menina de 13 anos em Los Angeles, não viajou para Veneza para o festival.

Sua esposa, a atriz Emmanuelle Seigner, que estrela o filme, recebeu o prêmio em seu nome.

O ator italiano Luca Marinelli venceu o prêmio de Melhor Ator por sua interpretação de um pobre aspirante a escritor em "Martin Eden", enquanto a francesa Ariane Ascaride venceu o prêmio na categoria feminina.

Ascaride venceu por seu papel em "Gloria Mundi", drama ambientado em Marselha no qual interpreta uma mãe desesperada para ajudar sua família, que passa por problemas financeiros.

O Leão de Prata para melhor diretor foi para o sueco Roy Andersson por "About Endlessness", uma colagem de histórias curtas de bondade e crueldade.