
Foi às 18h15 dessa segunda-feira (9) que o ator Pascoal da Conceição, vestido como o poeta, intelectual e escritor Mario de Andrade, trajando um terno branco bem cortado, chapéu e trazendo um buquê de rosas brancas nas mãos, chegou de táxi à sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), um casarão histórico instalado na Avenida Angélica, em São Paulo. E foi com um coral de mulheres que ele foi saudado, logo na entrada do prédio.
"Parabéns a você, parabéns,
toda felicidade
muitos anos de vida também
e sempre a nossa amizade".
Nessa segunda (9), Mario de Andrade, um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, teria completado 130 anos de nascimento. Nascido em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893, Mario morreu em 1945, vítima de um infarto. Entre as obras mais conhecidas dele estão Macunaíma, Pauliceia Desvairada e Amar, Verbo Intransitivo.
Para celebrar a data, o Iphan promoveu uma cerimônia com leitura de cartas escritas por Mário de Andrade para Rodrigo Melo Franco de Andrade, ambos responsáveis pela fundação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan).
O intelectual teve papel fundamental na trajetória da preservação cultural em São Paulo e no Brasil, publicando sobre a arte, cultura e identidade brasileiras. Em 1937, a convite do então ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema, redigiu o anteprojeto de criação do Sphan.
O aniversário
O evento de aniversário ocorreu na sede da superintendência paulista do Iphan.
O casarão que abriga a sede do instituto desde 2010, em São Paulo, é da primeira década do século 20 e foi construído pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo para ser a residência de dona Sebastiana de Sousa Queirós. O escritório de Ramos de Azevedo também foi responsável por outros edifícios emblemáticos na capital paulista como o Theatro Municipal, a Pinacoteca e a Casa das Rosas.