CADERNO B

Em recuperação após transplante, Faustão agradece doador: 'Permitiu que eu continuasse vivendo'

Embora siga na UTI, apresentador já se arrisca a dar os primeiros passos e falar as primeiras palavras

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 31/08/2023 às 12:31

Alterado em 31/08/2023 às 12:35

Faustão Foto: Reprodução

Menos de uma semana após o transplante cardíaco, o apresentador Fausto Silva ainda está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital Albert Einstein, em São Paulo, mas se recupera muito bem da cirurgia. Nesta quarta-feira (30), ele já conseguiu dar os primeiros passos e falar as primeiras palavras.

"Estou cada vez melhor. É impressionante”, reconhecendo que o médico que o operou, “Fabio Gaiotto, é um monstro”, disse pelo telefone à coluna de Flavio Ricco, do R7. E disse ainda: "Eu não sinto dor alguma. Já estou andando, sentando, isso três dias depois da cirurgia”.

O apresentador ainda revelou que está sentindo bater um coração novo e forte dentro dele. Por isso, ele fez questão de agradecer ao doador, um ex-jogador do futebol amador apontado como Fábio Cordeiro da Silva. A Secretaria de Estado da Saúde, baseada no sigilo médico, não confirmou o nome, mas o artista alega que "ficou sabendo".

"Quero muito agradecer ao doador, na pessoa do pai dele. A sua imensa generosidade permitiu que eu continuasse vivendo. Não tenho como agradecer a esse pai, à viúva e ao irmão desse moço, que eu sei que era um atleta. Transportar para outra pessoa o direito de continuar a viver é muito mais que uma generosidade. Foi uma bênção que Deus me deu”, encerrou.

Polêmica

O transplante de Fausto Silva foi alvo de polêmica criada pela extrema-direita. Narrativa falsa afirma que o apresentador teria “furado a fila” para obter o órgão. Daniel Becker, pediatra, sanitarista, antifascista e responsável pelo perfil Pediatria Integral, alerta em vídeo postado nesta segunda-feira (28), em suas redes, sobre o perigo de desacreditar o sistema de transplantes no Brasil.

Para Becker, “falar mal de um sistema que funciona bem, que é um dos mais justos do mundo, faz com que esse sistema perca a credibilidade. As pessoas passam a desconfiar do sistema de transplantes do Brasil e perdem a vontade de doar”, alerta. “E o Brasil já tem pouca doação para nossa população, tem países que têm muito mais.”

Ele esclarece que Faustão seguiu as regras do SUS: "fila é um termo inadequado, melhor falar em lista, porque tem uma série de critérios para se transplantar e a gravidade do paciente é o maior deles. O principal deles. Alguém que vai morrer a qualquer momento sem transplante vai receber um órgão antes de uma pessoa que está há mais tempo na lista, mas em melhor estado, que pode esperar", diz Becker.

 

 

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