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Saudade do Vinícius: 40 anos sem o poetinha

Do fim ao início, veja a trajetória do compositor e diplomata. Assista também ao vídeo do show dele, Tom Jobim,Toquinho e Miucha, ao vivo na Itália

Reprodução/site Vinícius de Moraes -
Vinícius morreu de edema pulmonar, em casa, ao lado do amigo Toquinho e da mulher Gilda Matoso
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1980 Mesmo passando por dificuldades com sua saúde, Vinícius lançou, com Toquinho, pela gravadora Ariola, seu derradeiro disco, 'Um pouco de ilusão'. Morreu de edema pulmonar no dia 9 de julho, em sua casa na Gávea, ao lado de seu parceiro Toquinho e de Gilda Mattoso.

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Vinícius morreu de edema pulmonar, em casa, ao lado do amigo Toquinho e da mulher Gilda Matoso (Foto: Reprodução/site Vinícius de Moraes)

1979 Vinicius e Toquinho comemoram sua bem sucedida parceria com o disco 10 anos de Toquinho e Vinicius (Philips).

A convite do então líder sindical do ABC paulista, Luís Inácio Lula da Silva, lê, em uma assembleia, seus poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Dentre os poemas, uma aclamada récita de “O operário em construção”.

1978 São lançados os livros O falso mendigo, poemas de Vinicius de Moraes, edição numerada de 200 exemplares com xilogravuras de Luis Ventura, feita pela editora Fontana; e Amor total, livro dedicado a um soneto famoso do autor, editado pela Record.

É lançado o filme-documentário Vinicius, um rapaz de família, dirigido pela sua filha Susana Moraes.

Passa a viver com Gilda de Queirós Mattoso, sua última mulher.

1977 Participa, ao lado de Tom Jobim, Miúcha e Toquinho, do marcante show Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha, um sucesso que ficou sete meses em cartaz na casa de shows carioca Canecão. O disco, lançado pela Philips no mesmo ano, torna-se fundamental na música popular brasileira. O show ainda tem breves excursões para São Paulo e para outros países.

1976 Em um ano sem trabalhos com Toquinho, faz, com o antigo parceiro Edu Lobo, a trilha sonora do musical Deus lhe pague.

Passa a viver com Marta Rodrigues Santamaria e se divide entre Rio de Janeiro e Buenos Aires.

1975 Entre excursões europeias, com uma série de shows, grava dois discos com Toquinho na Itália: Toquinho, Vinicius de Moraes e Ornella Vanoni e O Poeta e o Violão (RGE). Grava também mais um álbum da dupla, novamente intitulado Vinicius e Toquinho (Philips).

1974 Vinicius e Toquinho trabalham em mais uma (e derradeira) trilha sonora para novela. Dessa vez é Fogo sobre terra (Som Livre), novamente da Rede Globo de Televisão. Ainda lançam Vinicius e Toquinho (Philips) e Toquinho, Vinicius & amigos (RGE).

Viaja com seu vizinho e amigo Calazans Neto para Londres. Depois, segue para breve temporada na Itália.

1973 Vinicius e Toquinho fazem a trilha sonora da novela O Bem Amado (Som Livre), da Rede Globo de Televisão.

1972 Novamente um ano ocupado por shows e gravações no Brasil e em outros países. Com Toquinho, lança São demais os perigos dessa vida. A dupla também lança, ainda com Maria Creusa, o álbum Eu sei que vou te amar, versão brasileira do show do trio, feito no ano anterior, na boate argentina La Fusa (RGE). Com Maria Medalha, lança o disco Marília e Vinicius – encontros e desencontros (RGE).

1971 Com intensa agenda de shows ao lado de Toquinho e outras cantoras, são lançados, no mesmo ano, vários discos com Vinicius. O primeiro é Como dizia o poeta, com Maria Medalha e Toquinho (RGE), baseado no show de grande sucesso no ano anterior.

1970 Nasce Maria, quinta filha de Vinicius.

Inicia longa e frutífera parceira de canções, discos e shows com Toquinho. A primeira canção que compõe juntos é “Como dizia o poeta”. Ela é apresentada em setembro, em show feito no Teatro Castro Alves.

1969 Após um ordem direta do Presidente Arthur Costa Silva, Vinicius é exonerado do Itamaraty em meio a um expurgo oficial de funcionários não alinhados com o governo ditatorial do período.

Vive uma intensa agenda de shows que levaram Vinicius a Salvador, Buenos Aires, Montevidéu e Lisboa. Também na cidade portuguesa, realiza e grava ao vivo na Livraria Quadrante um recital de poesia. O mesmo torna-se, no ano seguinte, um disco lançado pelo selo Festa.

1968 No ano em que o Brasil conhece o início do momento mais obscuro da ditadura militar, Vinicius perde no dia 25 de fevereiro sua mãe, Lydia de Moraes.

Em dezembro, mês da instauração do Ato Institucional nº 5, realiza, ao lado de Baden Powell e da cantora Márcia, uma série de shows em Portugal. No dia 13, data da publicação do Ato, Vinicius faz no palco, como forma de protesto, uma leitura de seu poema “Pátria minha”.

1967 Devido a um pedido seu, aprofunda sua histórica ligação com Minas Gerais após ser posto, pelo Itamaraty, à disposição do Governo de Minas Gerais e da Fundação Ouro Preto (na época dirigida pelo escritor Murilo Rubião) para estudar a realização anual de um Festival de Arte. Passa a frequentar intensamente a cidade histórica, entre casas de amigos e bares da noite mineira.

Ainda ligado a Festivais, participa como jurado no I Festival de Música Jovem da Bahia.

1966 É lançado pela gravadora Forma os Afrosambas, disco de Vinicius e Baden Powell. Reunindo músicas que vinham sendo feitas nos últimos anos, a dupla cria um marco na música popular brasileira pela sua fusão entre o violão de Baden, as letras de Vinicius e os ritmos e temas do Candomblé baiano.

1965 Inaugurando a era dos Festivais na música brasileira, “Arrastão”, canção composta com seu jovem parceiro Edu Lobo e interpretada por uma bombástica Elis Regina, é eleita a melhor música do I Festival Nacional de Música Popular Brasileira da TV Excelsior.

Vinícius também leva o segundo prêmio com “Valsa do amor que não vem”, composta com Baden Powell e interpretada por Elizeth Cardoso.

1964 Regressa ao Brasil depois do golpe militar de 31 de março. Volta a exercer regularmente o jornalismo ao assinar crônicas semanais para a revista Fatos e Fotos e textos sobre música popular para o Diário Carioca.

1963 Em uma temporada na casa de Lúcia Proença, em Petrópolis (projetada por Oscar Niemeyer), continua a expandir seus parceiros, dessa vez com a novíssima geração de músicos do período. Faz, com Edu Lobo, uma série de canções bem sucedidas como “Arrastão” e “Zambi”. Compõe também com os jovens Francis Hime (de quem continuaria parceiro ao longo da vida) e Jards Macalé.

1962 Em um período intenso de sua vida artística, conhece e começa a compor com Baden Powell. Após três meses morando – e bebendo – juntos no Parque Guinle, produzem um dos cancioneiros mais definitivos da música popular brasileira. Desse encontro, cujas canções serão lançadas aos poucos durante os anos seguintes, surgem todos os Afrosambas da dupla, cujo disco só é gravado quatro anos depois.

1961 Inicia novas parcerias ao começar a compor com o jovem Carlos Lyra.

Publica pela Nuova Academia Editrice, em Milão, a tradução italiana de Orfeu Negro, feita por P. A. Jannini.

É lançado o disco Brasília – Sinfonia da Alvorada, feito em parceria com Tom Jobim.

1960 Em meio à explosão da Bossa Nova que começava no Brasil, retorna definitivamente do Uruguai para servir na Secretaria de Relações Exteriores e tem um ano dedicado aos lançamentos literários.

Publica, pela Editora do Autor (dos seus amigos Fernando Sabino e Ruben Braga), a segunda edição da sua Antologia poética, com acréscimo e revisões de poemas.

1959 Seguem os lançamentos discográficos com as composições de Vinicius e Tom. João Gilberto, que batiza seu próprio disco de estreia de Chega de Saudade, apresenta uma interpretação inovadora e transforma a canção da dupla em uma das mais importantes da história brasileira. Após esse disco, que ainda contava com “Brigas, nunca mais”, outra composição dos dois, os três nomes serão sempre lembrados como os fundadores da Bossa Nova. A cantora Lenita Bruno contribui para a fama ao gravar o LP Por toda minha vida, apenas com canções da dupla Vinicius e Tom.

1958 Sofre um grave acidente de automóvel em Petrópolis, porém sem maiores consequências.

1957 Passa o ano em Paris, divido entre os afazeres da Diplomacia na UNESCO e a música popular. No final do ano é transferido para a Embaixada Brasileira no Uruguai e passa um breve período no Brasil até seguir para Montevidéu.

Publica a primeira edição do seu Livro de sonetos pela editora carioca Livros de Portugal.

1956 No ano em que nasce sua quarta filha, Luciana, consegue uma licença-prêmio do Itamaraty e retorna ao Brasil por breve período para encenar sua peça Orfeu da Conceição. No mesmo período, Sacha Gordine fica em Paris produzindo o filme que resultaria no premiado Orfeu Negro.

1955 Através de Mary Manson, diretora da Cinemateca francesa, conhece o produtor Sacha Gordine. Juntos desenvolvem o projeto de realizar um filme a partir de sua peça Orfeu da Conceição. Vinicius desenvolve o roteiro e viaja com o produtor ao Brasil para levantar financiamento, mas retornam a França sem sucesso. No mesmo ano, porém, já se iniciam os planos para a apresentação da peça no seu formato original, isto é, o teatro.

1954 É lançada no Brasil, pela editora A Noite, sua Antologia poética. O conjunto de poemas foi organizado pelo próprio autor, com ajuda de amigos como Manuel Bandeira.

Sua peça Orfeu da Conceição é premiada no concurso de teatro do IV Centenário do Estado de São Paulo e publicada na revista Anhembi. Era o começo de um ciclo de trabalhos ao redor de Orfeu nos anos seguintes.

1953 No ano em que nasce sua terceira filha, Georgiana, Vinicius passa a assinar o correio sentimental do semanário Flan, de Samuel Wainer. Dirigido por Joel Silveira, editado à cores e revolucionário na proposta, o semanário durou apenas nove meses em meio à intensa campanha de Carlos Lacerda contra o dono do jornal. O poeta assinava as colunas de sua seção intitulada “Abra o coração” como Helenice.

1952 Ano de muitas viagens ao redor de sua relação cada vez maior com o cinema. Sua amizade com Alberto Cavalcanti rende o convite para a realização do roteiro de seu próximo filme, sobre Aleijadinho. Com os primos Humberto e José Franceschi, viaja durante um mês pelas cidades históricas de Minas Gerais para registrar e fotografar a obra do artista mineiro.

1951 Na sua volta ao Brasil, passa a viver com Lila Maria Esquerdo Bôscoli. Os dois mudam-se para o Arpoador.

Volta a trabalhar em jornal, dessa vez no Última Hora, fundado por Samuel Wainer. Vinicius assina crônicas sobre temas variados e permanece durante um ano exercendo também a crítica de cinema.

Suas amizades incorporam novos parceiros como o boêmio, cronista e letrista Antonio Maria e o diretor de cinema Alberto Cavalcanti.

1950 No ano da morte de seu pai, viaja até o México para visitar seu amigo e Cônsul-geral do Chile no país, Pablo Neruda. Foi um período em que Neruda, que se encontrava doente, lançava também no México o seu aclamado Canto geral. Ainda no país, conhece o pintor David Siqueiros e reencontra o amigo de juventude, e também pintor, Di Cavalcanti.

1949 Através da iniciativa de seu amigo e também funcionário do Itamaraty, João Cabral de Melo Neto, vê seu poema Pátria minha ganhar uma tiragem especial de cinquenta exemplares, feitos na prensa pessoal do poeta pernambucano. A prensa foi batizada por ele de O Livro Inconsútil.

1947 Período em que mergulha no cinema e no Jazz norte-americanos. Por morar perto dos estúdios de Hollywood e frequentar assiduamente a casa de Carmem Miranda e Alex Vianny (crítico cinematográfico brasileiro que morava na mesma cidade durante o período), vive entre músicos, atores, cineastas, executivos e críticos de cinema.

Faz um curso de cinema com Gregg Toland e Orson Welles, de quem se torna amigo pessoal.

1946 Assume seu primeiro posto diplomático, como vice-cônsul em Los Angeles, Estados Unidos. Viaja em junho na companhia do amigo Fernando Sabino.

Mora em Hollywood com Tati e os filhos Susana e Pedro. Já no primeiro ano de uma temporada que dura cinco anos sem retorno ao Brasil, Vinicius se aproxima dos músicos brasileiros que habitavam a América, como Carmem Miranda e seu Bando da Lua.

1945 O fim da Segunda Guerra Mundial e do Estado Novo de Getúlio Vargas é também o ano da morte de Mário de Andrade. A perda é precedida por um pesadelo de Vinicius, em que amigos morriam em um acidente de avião. Essa história deixa marcas no poeta e viram versos famosos em “A manhã do morto”, poema dedicado ao seu grande amigo paulista.

1944 Trabalha nos serviços burocráticos do Itamaraty e, ao mesmo tempo, segue a carreira jornalística ao dirigir o até então revolucionário suplemento literário de O Jornal. Sua atuação será marcante pelo time de colabores que reúne, muitos deles futuros grandes nomes ainda inéditos para o público.

1943 Publica novamente pela editora Irmãos Pongetti o quinto livro, Cinco elegias, dessa vez com a colaboração luxuosa e decisiva dos amigos Manuel Bandeira (que, além de ser um dos que financiam o volume, colabora com o projeto gráfico), Aníbal Machado e Otávio de Faria.

1942 Nasce o segundo filho (e único homem), Pedro.

Após ser reprovado na primeira tentativa de ingressar na carreira diplomática, passa a estudar com o amigo Lauro Escorel para uma nova tentativa que, dessa vez, será bem-sucedida.

1941 Sem emprego fixo, estudando para ingressar na carreira diplomática através do concurso para o Itamaraty, faz o caminho natural dos escritores de sua geração (e de muitas outras no Brasil) ao começar a trabalhar como crítico cinematográfico no jornal A Manhã, dirigido por Múcio Leão e Cassiano Ricardo. Sua participação como crítico foi fundamental para o cinema brasileiro que, nessa época, renovava sua crítica com nomes como o próprio Vinicius e, em São Paulo, Paulo Emilio Sales Gomes.

1940 Volta ao Rio de Janeiro e vai morar com Tati em um apartamento na Rua das Acácias, na Gávea. É lá que nasce a primeira filha, Susana. Logo depois, a família se instala numa casa na esquina da Rua Carlos Góes e Avenida General San Martin, no Leblon.

Passa uma longa temporada em São Paulo, se aproximando de Mário de Andrade e do grupo de jovens intelectuais que fundariam no ano seguinte a revista Clima, como Antonio Candido e Paulo Emílio de Salles Gomes.

1939 Com a Segunda Guerra Mundial, retorna ao Brasil por Portugal. Acompanhado de Tati, passa um período em Lisboa, em companhia de Oswald de Andrade, amigo de sua mulher e a quem conhece naquela ocasião.

Em Estoril, aguardando a partida do navio de volta ao Brasil, escreve o “Soneto de fidelidade”.

1938 Publica pela concorrida editora José Olympio os Novos poemas, seu quarto livro. A maturação formal e temática de seus versos fazem com que a poesia de Vinicius se consolide como uma das principais da chamada “Geração de 30”. Contemporâneos e nomes já de peso como Mário de Andrade (a quem o poeta dedica o poema “A máscara da noite”) elogiam publicamente o livro.

1936 Novamente pela editora Irmãos Pongetti, Vinicius lança o terceiro livro, uma separata que traz o longo e único poema intitulado Ariana, a mulher.

1935 Publica pela editora Irmãos Pongetti seu segundo livro, Forma e exegese. Com o destacado avanço em relação ao primeiro livro, é reconhecido pela crítica e ganha o prestigioso prêmio Filipe d’Oliveira. O livro recebe, na época, comentários positivos de Manuel Bandeira.

1933 Forma-se em Direito e termina o curso no CPOR.

Estimulado pelo escritor Otávio de Faria consegue publicar pela Schmidt Editora (de propriedade do poeta Augusto Frederico Schmidt) seu primeiro livro de poemas: O caminho para a distância.

1932 Publica pela primeira vez um poema de sua autoria na revista A Ordem, edição de outubro. A publicação, editada pelo intelectual católico e crítico literário Tristão de Athayde, apresenta um jovem e conservador Vinicius, com um poema bíblico de 152 versos intitulado “A transfiguração da montanha”.

Os irmãos Tapajós gravam “Loura e morena” e “Canção da noite”, composta quatro anos antes com Vinicius.

1931 Entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR). Nunca participaria, porém, da vida militar.

1930 Com apenas 17 anos e seguindo o caminho natural de muitos jovens que aspiravam as letras, entra na Faculdade de Direito da Rua do Catete, no Rio de Janeiro. Lá, conhece um grupo de intelectuais que marcaria definitivamente sua vida. No Caju, o Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais, Vinicius convive com mestres como Otávio de Faria e San Thiago Dantas, além de companheiros como Américo Lacombe, Hélio Viana, Plinio Doyle, Chermont de Miranda e Antonio Galloti.

1929 Torna-se Bacharel em Letras pelo Colégio Santo Inácio.

Depois de passar sete anos entre Botafogo e Ilha do Governador, muda-se mais uma vez com a família: volta ao Jardim Botânico. Instalam-se na Rua Lopes Quintas, em uma casa contígua àquela em que Vinicius nascera.

1928 Compõe as primeiras canções. Com Haroldo Tapajós faz “Loura ou Morena” e, com Paulo Tapajós, “Canção da noite” (um "fox-trot brasileiro" e uma "berceuse", segundo a definição do próprio Vinicius).

1927 Através da amizade com os irmãos Paulo, Haroldo e Oswaldo Tapajós, compõe as primeiras canções.

Com amigos do Santo Inácio, forma um pequeno conjunto musical para tocar em festinhas. Além de Paulo e Haroldo Tapajós, também faziam parte colegas como Maurício Joppert e Moacir Veloso Cardoso de Oliveira.

1924 Início do Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na Rua São Clemente, que fica em Botafogo. A partir de agora, durante a semana mora com os avós paternos na Voluntários da Pátria e passa férias e fins de semana com os pais, na Ilha do Governador.

1923 Aos 10 anos, faz a primeira comunhão na Igreja da Matriz, em Botafogo.

1922 No ano da Semana de Arte Moderna em São Paulo, do Centenário da Independência comemorado no Rio de Janeiro e do levante dos 18 do Forte de Copacabana, Vinicius já escreve os primeiros versos e poemas no colégio.

1920 No ano em que a família se muda novamente, dessa vez para a Rua Real Grandeza nº130, Vinicius é batizado na maçonaria atendendo a um desejo do avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz.

1919 Com apenas seis anos, Vinicius e a família mudam-se pela quarta vez para outro endereço em Botafogo. Passam a morar na Rua 19 de Fevereiro, nº 127.

1917 Mais uma mudança, dessa vez para a Rua da Passagem nº 100, em Botafogo. É nesse endereço que nasce seu irmão Helius.

Entra para a Escola Primária Afrânio Peixoto, na Rua da Matriz, em Botafogo.

1916 Muda-se para a Rua Voluntários da Pátria, nº 192. É o início de uma longa relação de Vinicius e sua família com o bairro de Botafogo. Passa a morar com os pais e a irmã Lygia na casa dos avós paternos, Maria Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.

1913 Nasce no dia 19 de outubro, na Rua Lopes Quintas nº114, no bairro do Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Com o nome de batismo Marcus Vinitius da Cruz de Melo Moraes (apenas aos nove anos registra o Vinicius de Moraes), é filho de Lydia Cruz de Moraes e de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes. (Texto originalmente publicado no site www.viniciusdemoraes.com.br)