POLÍTICA

Governo brasileiro espera encontro de Trump com Lula no início de 2026

Para concretizar a reunião, fontes disseram à Broadcast que é necessário que negociações avancem

Por POLÍTICA JB com Agência Estado
[email protected]

Publicado em 05/12/2025 às 11:58

Casa Branca Foto: Kevin Dietsch/Agência Lusa

.

Por Gabriel Hirabahasi - Integrantes do governo brasileiro veem com otimismo a possibilidade de um encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início do ano que vem, apurou o Broadcast Político. Fontes ouvidas pela reportagem disseram que essa possibilidade vem se tornando madura nas últimas semanas, em especial após os dois conversarem novamente por telefone na terça-feira, 4.

Para que isso ocorra, entretanto, essas fontes afirmam que é preciso que haja entregas e avanços nas negociações. Até o momento, os Estados Unidos recuaram em parte na taxa de 40% sobre alguns produtos brasileiros. Boa parte, no entanto, continua sob o tarifaço imposto pelo governo Trump.

Na conversa entre os dois na terça, Lula reforçou os pedidos em relação à pauta comercial, às sanções impostas a autoridades brasileiras e à possibilidade de parceria para o combate ao crime organizado. O petista também mencionou sua preocupação sobre a Venezuela, tema de maior atenção no momento no continente sul-americano pela tensão em relação a uma possível invasão norte-americano no país.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, Lula mencionou sua preocupação como já havia feito em ao menos duas outras oportunidades: o telefonema que tiveram em outubro e o encontro logo depois na Malásia. Questionadas sobre a reação de Trump diante da manifestação feita pelo presidente brasileiro, as fontes afirmaram que o norte-americano recolheu a observação, mas não esboçou uma reação específica.

A última novidade em relação à tensão na Venezuela é a entrada do empresário Joesley Batista, da J&F, nas negociações. A informação foi revelada pela Bloomberg e confirmada pelo Estadão/Broadcast. A reunião com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, foi no fim de novembro.

Apesar de o Estadão/Broadcast ter mostrado que Joesley avisou o governo brasileiro sobre sua visita a Maduro, auxiliares do Palácio do Planalto negam ter recebido qualquer informação sobre o assunto. Integrantes do governo veem com ceticismo que o empresário haja como um emissário seja do governo brasileiro ou dos Estados Unidos.

Por Gabriel Hirabahasi

Deixe seu comentário