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Brasil diz que Mercosul está 'pronto' para assinar acordo com UE
Por POLÍTICA JB
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Publicado em 20/09/2025 às 18:42
Alterado em 22/09/2025 às 08:18
Bandeiras dos países do Mercosul Foto: Mercosul
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, assegurou nessa sexta-feira (19) que o Mercosul está "pronto para assinar" o acordo de livre comércio com a União Europeia.
Em coletiva de imprensa conjunta com a alta representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, o chanceler destacou que o envio do texto do tratado pela Comissão Europeia aos países-membros, no início de setembro, é um "passo de grande importância" e que a parceria adquire relevância "ainda mais premente face às ameaças ao sistema mundial de comércio".
"Entendemos que o acordo poderá ser assinado por ocasião da cúpula do Mercosul no Brasil [em dezembro].
A negociação está concluída, e o Mercosul já está pronto para a assinatura", declarou Vieira.
O ministro acrescentou que a visita de Kallas ao Brasil é sinal do “adensamento das relações bilaterais” após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2023.
“Essa aproximação vem sendo marcada por um expressivo número de reuniões de alto nível”, declarou o chanceler em coletiva de imprensa ao lado da estoniana, ressaltando os “valores fundamentais” para Brasília e Bruxelas, como “a defesa da democracia, dos direitos humanos e do multilateralismo”.
Segundo Vieira, foi reafirmado no encontro o “interesse comum em realizar a Cúpula Brasil-UE, que não ocorre desde 2014". “Trabalhamos para que se possa realizar ainda neste ano ou, no mais tardar, no primeiro trimestre do próximo ano”.
Por fim, o chanceler definiu como “absurdas” as restrições impostas pelos Estados Unidos a membros da delegação do Brasil na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, na semana que vem.
“Nós estamos, através do secretário-geral da ONU e da presidente da Assembleia-Geral, relatando o ocorrido. São restrições que não têm cabimento, injustas e absurdas”, declarou Vieira.
O governo brasileiro acusa os EUA de demorar para liberar as permissões para a delegação do país, como no caso do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que não poderá circular livremente em Nova York durante sua estadia para a Assembleia-Geral. (com Ansa)