POLÍTICA
Ex-deputado Wolney Queiroz deve assumir Ministério da Previdência no lugar de Lupi, dizem fontes
Por POLÍTICA JB
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Publicado em 02/05/2025 às 18:16

Por Armando Holanda - Atual secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, o ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE) é cotado para assumir o lugar do seu correligionário Carlos Lupi, titular da pasta, após formalização da demissão, que ocorreu nesta sexta (2).
Oficialmente, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), que trabalha nas coxias para agilizar o processo, já dá como certa a escolha de Wolney para assumir a vaga.
Auxiliares do ex-parlamentar disseram à agência Sputnik Brasil que "Wolney respeita as regras do jogo", mas que ele "já recebeu convite para ocupar o lugar de [Carlos] Lupi [no Ministério]".
Wolney Queiroz (PDT-PE) assumiu, interinamente, em outubro do ano passado, o comando do ministério, durante viagem do ministro Carlos Lupi à Espanha, onde participou de eventos internacionais e reuniões técnicas com autoridades do sistema de seguridade social espanhol.
Escândalo
Mudanças ocorrem em meio a escândalos que tomam conta da pasta, envolvendo casos de corrupção que, segundo auxiliares do Planalto e investigações da Polícia Federal, ocorreram desde o mandato do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ).
Conforme investigações da Polícia Federal (PF), entre 2019 e 2024 foram descontados de aposentados e pensionistas cerca de R$ 6,3 bilhões de forma fraudulenta. Em razão dessa descoberta, o governo federal decidiu suspender todos os acordos com o INSS que permitiam o desconto de mensalidades por serviços como academias, convênios e planos de saúde diretamente no benefício. Ao todo, 11 entidades foram alvo da operação.
À época do escândalo, mais precisamente em abril deste ano, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em reunião da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, da Câmara dos Deputados, reforçou que sempre foi contra o desconto das chamadas mensalidades associativas em benefícios pagos pelo INSS a aposentados e pensionistas.
Para o ministro, quando o órgão desconta o valor de beneficiários em prol de associações e demais entidades, trabalha como intermediário entre as partes.
"Quem quiser se filiar que se entenda com a entidade. E a associação que quiser manter [o associado] que cobre uma taxa, faça um boleto ou peça para a pessoa fazer um Pix", disse.
Lupi também argumentou que "o governo não deveria se meter nessa relação entre trabalhadores [aposentados] e associações". Além disso, ele insistiu que sempre foi contra os descontos antes mesmo de o escândalo estourar. (com Sputnik Brasil)