POLÍTICA

Lula: Se houvesse possibilidade de falsificar urnas, será que eu teria sido eleito tantas vezes?

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Por JORNAL DO BRASIL com Agência Estado
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Publicado em 09/01/2024 às 07:40

Alterado em 09/01/2024 às 07:41

Lula no evento pela democracia, em Brasília, nessa segunda (8) Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira, 8, que sua história e a de seu partido, o PT, devem ser usadas em defesa das urnas eletrônicas e do processo eleitoral brasileira. Lula citou que foi derrotado diversas vezes desde a redemocratização. Em 1989, quando foi candidato a presidente da República pela primeira vez, ele perdeu para Fernando Collor de Melo.

“Quando alguém colocar dúvidas sobre a democracia no Brasil, seria bom se vocês não tivessem receio de usar minha história e do meu partido. Desde 1989, eu disputo eleições. Não tem ninguém que disputou tanto como eu e que perdeu tanto como eu e que ganhou tantas como eu. Essa é a grande arma de participar”, disse o presidente.

“Se houvesse possibilidade de falsificar as urnas eleitorais, será que eu teria sido eleito tantas vezes presidente da República? Será que teríamos conseguido eleger a Dilma Rousseff naquela campanha de 2014 num clima de guerra que foi estabelecido nesse país”, afirmou.

Lula ainda criticou, sem mencionar, o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos questionamentos às urnas eletrônicas.

“As pessoas que duvidam da legalidade das urnas brasileiras porque perderam as eleições, porque não pedem para seu partido renunciar todos os deputados e senadores que foram eleitos? Os três filhos deles que foram eleitos, porque não renunciam em protesto à urna fraudulenta?”, questionou, ironicamente, o presidente da República, em referência aos três filhos de Bolsonaro que foram eleitos para cargos públicos (Flávio, Eduardo e Carlos).

Lula defendeu o sistema democrático, que, segundo ele, é o único que possibilita que “um país do tamanho do Brasil tenha, pela primeira vez na sua história, uma alternância de poder que permite que um metalúrgico chegue à Presidência da República”.

Lula participou do evento Democracia Inabalada, no Congresso Nacional, em alusão aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Assim como as outras autoridades presentes, criticou os criminosos que invadiram as sedes dos Três Poderes no ano passado e enalteceu o sistema democrático brasileiro.

O presidente defendeu que é preciso “avançar cada vez mais na construção de uma democracia plena”.

“Uma democracia que se traduza em igualdade de direitos e oportunidades. Que promova a melhoria da qualidade de vida, sobretudo para quem mais precisa. Estamos nessa caminhada, e chegaremos mais longe se caminharmos de braços dados”, afirmou.

(Por Gabriel Hirabahasi, Sofia Aguiar, Iander Porcella, Giordanna Neves e Lavínia Kaucz)