POLÍTICA
Michelle debocha de investigação da PF e diz que vai lançar marca de joias
Por Gabriel Mansur
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Publicado em 27/08/2023 às 07:35
Alterado em 27/08/2023 às 07:41
Michelle Bolsonaro Foto: Reprodução
Investigada pela Polícia Federal por suposto envolvimento com a organização criminosa que se apropriou - e vendeu - indevidamente as joias pertencentes à União, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ironizou, neste sábado (26), as suspeitas em torno de seu nome. Ela disse que lançará sua própria linha de acessórios chamada “Mijoias”. A declaração ocorreu durante evento do PL Mulher, em Pernambuco.
Michelle se mostrou incomodada com os questionamentos que vem recebendo. De acordo com ela, a repercussão em cima das denúncias tem o intuito de desviar o foco da CPI do 8 de janeiro, atualmente em curso no Congresso Nacional.
“Não é por poder, não. Ficam falando: 'como assim não entregarem joias? Por que querem joias?', desviando o foco da CPI. (...) Tem um povo tão atrapalhado, em Brasília se diz tapado, que fica assim "cadê as joias?" estão na Caixa Econômica Federal. Mas, vocês pediram tanto e falaram tanto de joias que, em breve, teremos lançamento de ‘Mijoias’ pra vocês. Vou fazer uma limonada docinha desse limão. Vou. E vou falar para vocês: quem me colocou aqui vai me fortalecer, que é Deus”, discursou.
???? Investigada pela PF, Michelle Bolsonaro diz que lançará “Mijoias”.
— Fera (@Fera2023) August 26, 2023
Afirmou que caso das joias serve para desviar foco da CPI do 8 de janeiro e diz que vai tirar “limonada docinha” do limão. pic.twitter.com/3vwBfopAJv
A esposa de Bolsonaro é investigada por envolvimento no caso das joias e chegou a ser citada por Mauro Cid, em mensagem, como responsável pelo '"sumiço" de uns dos relógios: "Já sumiu um, que foi com a dona Michelle", disse o ex-ajudante de ordens.
“O que já foi, já foi. Mas se esse aqui (kit ouro rosé) tiver ainda, a gente vê certinho pra não dar problema. Porque já sumiu um que foi com a Dona Michelle; então, pra não ter problema…”, disse Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, a Mauro Cid, em uma das conversas.
Além disso, as investigações apontam que o irmão da ex-primeira-dama teria intermediado a venda de dois dos presentes recebidos por Bolsonaro: o barco de ouro e diamantes e a árvore de ouro, que foram levadas pelo empresário Cristiano Piquet ao pai de Mauro Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid, em Miami.