ARTIGOS

É hora de investigar a morte do Ministro Teori Zavascki

Gilmar Mendes lembra que Teori morreu dias depois de assegurar que enquadraria os abusos da Operação Lava Jato

Por LUÍS NASSIF, 'JORNAL DO BRASILo Jornal GGN

Publicado em 08/12/2025 às 09:50

Alterado em 08/12/2025 às 09:50

O ministro do STF Teori Zavascki sofreu um acidente aéreo Foto: Jornal GGN

A constatação de que a tal caixa amarela, na 13a Vara de Curitiba, contém os vídeos da “festa da cueca” dá outro peso à palavra de Tony Garcia, o empresário que garantiu ter sido ameaçado por Sérgio Moro para gravar autoridades em cenas que pudessem ser utilizadas para chantagem.

Explica a apatia do TRF-4, endossando todas as arbitrariedades de Sérgio Moro. Mas chama atenção para outras denúncias de Tony, que conviveu intimamente – como testemunha e como autor – da máquina de chantagem da Lava Jato.

1- Um desembargador, contrário à Lava Jato, foi sacrificado com base em denúncias falsas.

2- Dois alvos da chantagem da Lava Jato teriam sido os Ministros Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justica (STJ) e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. Barroso em função de operações no Banestado, nos tempos em que era advogado de Ricardo Teixeira.

Agora, a ex-juíza Luciana Bauer traz novos detalhes da agressão que diz ter sofrido de Moro em um elevador. Segundo ela, ele teria agarrado seu pescoço. Depois, viaturas suspeitas passaram a circular na sua rua.

À luz dos métodos utilizados pela Lava Jato e dos novos detalhes sobre a personalidade de Moro – e os métodos da Lava Jato – é hora de se investigar a fundo o acidente que resultou na morte do ex-Ministro Teori Zavascki, primeiro relator da Lava Jato no Supremo.

No depoimento que deu para o documentário do GGN sobre a Lava Jato – em vias de ser divulgado – o decano Gilmar Mendes lembra que Teori morreu dias depois de assegurar que enquadraria os abusos da Lava Jato.

Houve o acidente, a morte e a relatoria foi entregue a Luiz Edson Fachin, tido como “confiável” pela Lava Jato, nos diálogos captados pela Vaza Jato, embora não há nada que indique envolvimento maior com a operação.

O que estava em jogo não eram apenas os bilhões negociados para a Fundação Lava Jato, mas interesses bilionários afetados pela competição das empreiteiras brasileiras e pela Lei de Partilha da Petrobras.

 

Deixe seu comentário