JUSTIÇA
Em primeira sentença, Thiago Brennand é condenado a 10 anos de prisão por estupro
Por Gabriel Mansur
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Publicado em 11/10/2023 às 19:16
O empresário Thiago Brennand foi condenado, nesta quarta-feira (11), a 10 anos e seis meses de prisão, em regime inicial fechado, pelo crime de estupro. A sentença, proferida pelo juiz Israel Saul, do Fórum de Porto Feliz (SP), se refere ao caso da mulher norte-americana que alega ter sido estuprada pelo empresário na mansão dele. O magistrado determinou que Brennand indenize a vítima por danos morais em 50 mil reais. O réu ainda pode recorrer.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), a mulher teve um primeiro contato com Brennand porque queria comprar um cavalo. Cerca de dois meses após terem começado um relacionamento, a vítima relatou que o empresário teria lhe forçado a ter relações sexuais por diversas vezes sem o seu consentimento.
Em nota, a defesa do empresário afirmou "não ter dúvidas" de que o processo será revisto. Destacou ainda que Brennand é "claramente inocente" no caso.
"A sentença está exclusivamente baseada na palavra da vítima, que faltou com a verdade. Nos dias de hoje, o juiz precisa ter coragem para absolver um réu, ainda que claramente inocente. Não tenho dúvida que o Judiciário corrigirá essa injustiça", diz a defesa.
Essa é a primeira condenação de Thiago. O empresário responde a outros seis processos em São Paulo e Porto Feliz:
- réu por lesão corporal na 6ª Vara Criminal Capital;
- réu por estupro na 30ª Vara Criminal Capital;
- réu por estupro Vara da Violência Doméstica do Foro Central Criminal
- réu por estupro em 1 processo na 2ª Vara de Porto Feliz;
- réu por sequestro e cárcere privado na 1ª Vara de Porto Feliz;
- indiciado por estupro em 2 processos na 1ª Vara de Porto Feliz.
Brennand foi preso no dia 17 de abril, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, depois de ter sua extradição para o Brasil autorizada. Ele desembarcou no aeroporto de Guarulhos em 29 de abril e segue encarcerado no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo.
A cela em que o milionário aguarda o resultado dos processos, de 6 m², é menor do que o closet de sua mansão, que tem 11 m².