JUSTIÇA
Fraude nos cartões de vacina: Moraes manda soltar 4 presos ligados a Bolsonaro
Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 20/09/2023 às 05:06
Alterado em 20/09/2023 às 10:07
O ministro Alexandre de Moraes Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nessa terça (19) a soltura de quatro investigados no caso dos cartões de vacinação ligados a pessoas próximas do ex-presidente Jair Bolsonaro.
São eles: o sargento Luis Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid; o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros; o militar do Exército Sérgio Cordeiro, que também atuava na proteção pessoal de Bolsonaro; e o ex-secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.
Autorizada pelo ministro ainda em maio, a operação investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a covid-19 em sistemas do Ministério da Saúde.
De acordo com as investigações, um grupo ligado a Bolsonaro inseriu informações falsas no ConecteSUS — programa desenvolvido pelo Governo Federal que prevê a informatização e integração dos dados de saúde dos cidadãos — para obter vantagens ilícitas e os certificados de vacinação contra a covid-19.
A Polícia Federal (PF) identificou que as informações falsas foram inseridas nos sistemas do Ministério da Saúde poucos dias antes de Bolsonaro viajar para os Estados Unidos, em dezembro de 2022. A polêmica que cerca o caso é que os Estados Unidos exigem comprovante de vacinação contra a covid-19 de estrangeiros entrem no país.
Segundo a PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro, sua filha de 12 anos, Mauro Cid e sua mulher, e suas três filhas, teriam se beneficiado com o esquema. (com Sputnik Brasil)