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Condenado, ex-Lava Jato Marcelo Bretas ameaça Lula com versículo bíblico: 'o que será de sua vida?'

Condenado a aposentadoria compulsória por uso político da magistratura, lavajatista Marcelo Bretas segue recebendo quase R$ 40 mil por mês enquanto ataca e faz ameaças a Lula nas redes sociais

Por INFORME JB com Revista Forum
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Publicado em 23/10/2025 às 18:05

Alterado em 23/10/2025 às 18:05

O juiz cassado Marcelo Bretas Tomaz Silva/Agência Brasil

Por Plinio Teodoro - Condenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a aposentadoria compulsória, o ex-juiz Marcelo Bretas, que atuou na Lava Jato no Rio de Janeiro, usou um versículo bíblico para fazer uma ameaça velada de morte ao presidente Lula.

Em pronunciamento em Jacarta, na Indonésia, nesta quinta-feira (23), Lula confirmou que, aos 80 anos, entrará na disputa à reeleição.

"Quero te dizer que vou completar 80 anos, mas pode ter certeza que tenho a mesma energia de quando eu tinha 30. E vou disputar um quarto mandato no Brasil. Estou lhe dizendo isso porque ainda vamos nos encontrar muitas vezes", afirmou.

Em publicação na rede X, Bretas, que se diz evangélico, compartilhou a notícia sobre a reeleição de Lula e fez uma ameaçada citando um versículo bíblico.

"'Como sabem o que será de sua vida amanhã? A vida é como a névoa ao amanhecer: aparece por um pouco e logo se dissipa. O que devem dizer é: Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isso ou aquilo.' (Tiago 4:14-15)", escreveu o lavajatista.

Salário mantido
No limbo jurídico, Marcelo Bretas se especializou como comentarista de redes sociais e tem o presidente Lula como o principal alvo de seus ataques.

Aposentado após a condenação em junho deste ano, o ex-juiz da Lava Jato segue recebendo mais de R$ 39 mil mensais, além dos benefícios dos magistrados. Recentemente, o CNJ acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) para tentar cancelar, na Justiça, os pagamentos.

Bretas foi condenado administrativamente por ter participado da negociação de acordos de delação premiada, medida que cabe ao Ministério Público. Além disso, foi acusado de ceder informações sigilosas dos processos a um advogado e por tentar beneficiar o ex-governador Wilson Witzel durante as eleições de 2018.

Em um dos processos julgados, Bretas foi acusado de prejudicar o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ) na campanha para o governo estadual em 2018. Na ocasião, o magistrado antecipou para o período eleitoral o depoimento de um ex-secretário municipal que acusava Paes de participar de um suposto esquema de propina e teria feito perguntas com teor de pré-julgamento.

Plinio Teodoro

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