
INFORME JB
Operação 'Fake Monster' é 'fake news'
Por GILBERTO MENEZES CÔRTES
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Publicado em 06/05/2025 às 08:17
Alterado em 06/05/2025 às 08:17

A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, comandada pelo delegado Felipe Curi, aproveitou o clima de expectativa em torno do show de Lady Gaga, mais conhecida como “Mother Monster”, para criar a maior “fake news”: a realização da operação conjunta “Fake Monster” entre a Polícia Civil e o Ministério da Justiça teria evitado, na manhã de sábado, um possível atentado durante o show da diva na noite de 3 de maio, em Copacabana.
A colunista Mirelle Pinheiro, do site “Metrópoles”, foi a primeira a divulgar o fato – li por volta das 11 horas da manhã de sábado, sem muitas informações precisas. Em seguida, os sites dos grandes jornais brasileiros foram divulgando a mesma versão nebulosa, com prisões em vários estados (como poderiam agir, se o evento era em Copacabana?).
Até grandes órgãos da imprensa mundial, como a BBC News, The Washington Post, CNN e The Telegraph destacaram a ação policial, na qual foram presos um homem no Rio Grande do Sul - apontado como o líder do grupo - e um adolescente no Rio de Janeiro.
Lady Gaga ficou bem contrariada. Se tivesse sido avisada do risco de atentado, que também ameaçaria sua imensa trupe do show, além dos milhões de fãs que acorreram à praia de Copacabana, reforçaria a própria segurança, e evitaria descer do palco para interagir com parte do público. SQN (Só Que Não)...
Esquema foi divulgado em 15 de abril
Puxando pela memória, me lembrei que a própria Secretaria de Polícia Civil do ERJ divulgou, no dia 15 de abril, ter desarticulado “mega organização criminosa que praticava crimes de ódio contra crianças e adolescentes na internet”. A ação aconteceu em outros sete estados, e contou com o apoio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
Na ocasião, a Polícia Civil do ERJ, que batizara a ação de "Operação Adolescência Segura", informou que seu objetivo foi “desarticular uma das maiores organizações criminosas do país voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes”.
Crimes de ódio e pedofilia
Dois suspeitos foram presos (um no Rio Grande do Sul e outro no Rio de Janeiro) e três adolescentes apreendidos. Com o apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (CyberLab) da Secretaria Nacional de Segurança Pública, as diligências ocorreram ainda em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás. O gaúcho chegou a ser solto por juíza do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, após pagar fiança, mas voltou a ser preso depois da divulgação do “plano” na mídia.
As investigações foram um desdobramento de um crime bárbaro, ocorrido em fevereiro, quando um morador de rua, em Jacarepaguá, bairro da Zona Oeste do Rio, foi atacado e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou coquetéis molotov, enquanto um homem (militar do Exército) filmava e transmitia a barbárie em tempo real em uma plataforma “on-line”.
Um crime virtual
Depois da repercussão no país e no exterior, o delegado Alessandro Barreto, coordenador do CyberLab do Ministério da Justiça e Segurança Pública, de certa forma confirmou que o atentado esteve longe de ocorrer, ao afirmar no domingo, 4 de maio, que “todo e qualquer grande evento” terá um monitoramento prévio para evitar ameaças terroristas.
O grupo liderado por ele auxilia as polícias para a prevenção de crimes virtuais. O atentado ao show de Lady Gaga pode não ter passado de virtual cogitação de um ou outro fanático nas redes sociais. Por isso, a Polícia devia apresentar os suspeitos.
Nem que seja prendendo “os suspeitos de sempre”, como no final de “Casablanca”, que rima com Copacabana e “Abracadabra”.
Finep faz Seminário de ‘Deep Tech’
No dia 8 de maio, a Finep realiza, em sua sede no Rio de Janeiro, o pioneiro I Seminário Deep Tech Brasil, que reunirá mais de 15 entidades nacionais, públicas e privadas envolvidas com a vanguarda da alta tecnologia.
O evento terá, na mesa de abertura, o presidente da Finep, Celso Pansera, o chefe-de-gabinete da presidência da Financiadora, Fernando Peregrino, o diretor do BNDES José Luís Gordon, e o diretor do Sebrae, Bruno Quick.
Fernando Peregrino explica que "o encontro integra os desdobramentos da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI) e visa articular os instrumentos de fomento existentes, corrigir lacunas e alinhar esforços públicos e privados para apoiar o que pode ser a novíssima indústria brasileira”.
Desafios locais e internacionais
A iniciativa é liderada pela Finep em conjunto com o BNDES, Sebrae, CNI, ABDE, CGEE, Anprotec, Abipti, Wilinka, Emerge, Andifes, Anpei, P&D Brasil, Fapesp, Fortec entre outras entidades representativas do ecossistema de inovação e desenvolvimento.
Até o encerramento, serão quatro painéis, separados por intervalo para almoço, para discussão dos temas mais atuais para a disseminação do conhecimento, como linhas de financiamento às Deep Techs no país e os desafios à internalização e comercialização no exterior.
Caminhão da Caixa chega a Vassouras
O Caminhão Caixa está em Vassouras (RJ), no coração do Vale do Café, para reforçar o apoio aos microempreendedores do município. Até sexta-feira (9), a unidade móvel ficará estacionada na rua Barão de Capivari, em frente à Câmara Municipal, no Centro, com atendimento exclusivo para esse público. O horário de funcionamento é das 10h às 15h.
No local, a equipe da Caixa oferece orientações sobre produtos e serviços do banco, como o ProCred360, linha de capital de giro destinada a microempreendedores individuais e microempresas com faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 360 mil. Em parceria com o Sebrae, o Caminhão Caixa também divulga programas de educação financeira, com informações sobre acesso a crédito, planejamento e gestão.