EDUCAÇÃO
Enem: escritores e músicos comentam questões que citam suas obras
Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 07/11/2023 às 07:05
Alterado em 07/11/2023 às 09:25
Mariana Tokarnia - Nas redes sociais, quem teve um trecho da própria obra transformado em questão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, domingo (5), comentou a prova e até deu palpites de qual seria a resposta certa. Entre as publicações que se destacaram nas redes, estão a do músico Caetano Veloso, dos escritores Itamar Vieira Vieira Junior e Jarid Arraes e da liderança indígena Txai Suruí.
Foi Paula Lavigne, esposa de Caetano que gravou o músico analisando a prova. "Alô, turma! Eu perguntei a Caetano Veloso qual alternativa é a correta de uma questão que caiu no Enem 2023 e que usou trechos das músicas Alegria, Alegria e Anjos Tronchos!", disse no X.
Alô, turma! Eu perguntei a @caetanoveloso qual alternativa é a correta de uma questão que caiu no #Enem2023 e que usou trechos de "Alegria, Alegria" e "Anjos Tronchos"! ???? pic.twitter.com/g3a3eq0ovm
— Paula Lavigne (@PaulaLavigne) November 6, 2023
"Quando eu li, eu achei que são todas", responde Caetano, acompanhado pelas risadas de Lavigne. Depois de analisar com mais cuidado, o músico conclui que a letra B e a letra D "são as mais apuradas".
A questão traz trechos de duas canções de Caetano, Alegria, Alegria e Anjos Tronchos e pergunta o que essas letras, que são de momentos históricos diferentes, têm em comum. Para Caetano, elas têm a "percepção da profusão de informações gerada pela tecnologia" ou a "busca constante pela liberdade de expressão individual".
No Instagram, o escritor Itamar Vieira Junior também publicou o palpite para a questão que traz um trecho do livro Torto Arado. A publicação foi feita em conjunto com o perfil tortoaraders, comunidade na rede social dedicada ao escritor.
"E aí, Itamar Vieira Jr? Acertarias?"
O palpite deixado na publicação é a letra B, seguido de uma explicação:
"A narradora quer arar a terra e falar. O arado torto, troncho está metaforizando a linguagem que ela não dispõe e é sentida por ela como um arado velho que dilacera a terra, assim como a sua língua fora dilacerada, impedindo-a de ter voz".