EDUCAÇÃO

Mais de mil estudantes vão ao Banco Central protestar contra Campos Neto e pela queda dos juros

UNE tem sido uma das entidades com atuação nacional mais crítica à política de juros do BC

Por JORNAL DO BRASIL
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Publicado em 14/07/2023 às 21:06

Alterado em 14/07/2023 às 21:06

Participantes do 59º Congresso da UNE Wilson Dias/Agência Brasil

Mais de mil estudantes se concentraram em frente ao prédio do Banco Central (BC), em Brasília, nesta sexta-feira (14), para protestar contra a insistência do presidente da estatal, Roberto Campos de Neto, de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. Os jovens, participantes do 59ª Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (UNE), inspiram-se nas recentes manifestações públicas do presidente Lula (PT) contra Campos Neto.

No dia 21 de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, sob a justificativa de que “é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante”.

A taxa está nesse nível desde agosto de 2022. Também é a mais alta dos últimos seis anos e meio. A UNE tem sido uma das entidades com atuação nacional mais crítica à política de juros do BC e tem participado de forma recorrente de atos pela queda na taxa. Os juros causam impacto no valor das mensalidades e em programas como Prouni e o Fies, que concedem bolsa e financiamento para acesso ao ensino superior.

Lula já havia criticado o presidente do BC nesta quinta-feira, durante entrevista concedida à TV Record. Na avaliação do titular do Planalto, além de cumprir a meta de inflação, o BC também teria a função de "gerar empregos e fazer a economia crescer":

"Queremos mais crédito. Não tem um setor da Faria Lima, do varejo, do setor industrial, do turismo e da sociedade que concorde com essa taxa de juros. Este cidadão está a serviço de quem?", questionou o petista.

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