BRASIL

Lula receberá pessoalmente os brasileiros repatriados de Gaza

Previsão é que a aeronave da Presidência da República pouse na Base Aérea de Brasília às 23h30

Por Gabriel Mansur
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Publicado em 13/11/2023 às 14:45

Alterado em 13/11/2023 às 14:45

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai receber pessoalmente, na noite desta segunda-feira (13), os brasileiros e seus familiares palestinos repatriados da Faixa de Gaza. A previsão é que a aeronave da Presidência da República aterrise na Base Aérea de Brasília às 23h30.

"“A segunda-feira começa com muito trabalho. Reunião com ministros, cerimônia de sanção do projeto de lei que atualiza a Lei de Cotas e, à noite, vou receber os brasileiros e parentes palestinos que chegam ao Brasil de Gaza”, escreveu o presidente em sua conta oficial no X/Twitter.

Depois de mais de um mês de angústia, o grupo formado por 32 pessoas conseguiu deixar a zona de bombardeio no último fim de semana, através da fronteira de Rafah com o Egito. O voo entre Cairo e Brasília, organizado pelo governo brasileiro, saiu da capital egípcia às 11h51 no horário local (06h51 no horário de Brasília).

No Brasil, as vítimas do horror provocado por Israel receberão apoio psicológico, cuidados médicos, imunização e terão um período de repouso em Brasília, em alojamento da Força Aérea Brasileira (FAB), antes de se deslocarem para outras cidades no Brasil.

Ao desembarcarem no país, os brasileiros passarão por uma regularização migratória, pela Polícia Federal, e a emissão de outros documentos que permitam o acesso a serviços públicos e ao emprego. Passado esse acolhimento inicial, o passo seguinte é referente à moradia:

  • 20 resgatados devem permanecer em Brasília;
  • nove devem seguir para um abrigo no interior de São Paulo, definido pelos Ministério da Justiça e do Desenvolvimento Social;
  • dois irão para Florianópolis (SC), e
  • um deve seguir para Porto Alegre (RS).

O grupo destinado ao interior de SP, segundo interlocutores do governo que participam do resgate, é formado por pessoas que "perderam vínculos familiares" com parentes no Brasil e não conseguem se reinstalar de forma independente no curto prazo.

Ao longo dos últimos dias, o governo federal informou que não pretende criar um auxílio financeiro específico para esses brasileiros e palestinos. Aqueles que se enquadrarem nos critérios, no entanto, poderão solicitar o Cadastro Único (CadÚnico) e benefícios como o Bolsa Família.

A hospedagem nos abrigos e o apoio no desembaraço dos documentos de migração e refúgio, no entanto, serão mantidos pelo governo "por tempo indeterminado".

"Alguns brasileiros já têm destino certo porque já têm familiares aqui, então, serão deslocados para esses locais onde ficarão. Uma parcela significativa, quase a metade do grupo, não tem onde ficar. Mas o governo federal já disponibilizou através do Ministério de Desenvolvimento Social, nós já temos o local onde essas pessoas ficarão acolhidas. Isso vai ser no interior de São Paulo", afirmou o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, na última sexta (10).

O grupo a caminho do Brasil tem 22 brasileiros de nascimento, sete palestinos naturalizados brasileiros e três palestinos familiares próximos. Dos 32 repatriados, 17 são crianças, nove mulheres e seis homens.

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