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Vacina chinesa não causou reações em 94,7%, anuncia Doria

Epa -
Governador prevê vacinação para 2ª quinzena de dezembro
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Governador prevê vacinação para 2ª quinzena de dezembro (Foto: Epa)

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários testados na China não apresentaram reações adversas à vacina CoronaVac, medicamento desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

A informação, que faz parte de um estudo, foi divulgada durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (23) pelo governador, o diretor do Butantan, Dimas Covas, e o representante da farmacêutica chinesa na América do Sul, Xing Han.

"Os resultados dos estudos clínicos realizados na China mostraram um baixo índice de apenas 5.3 de efeitos adversos e de baixa gravidade. A maioria destes casos apresentou apenas no local da aplicação da vacina", explicou Doria.

O estudo testou 50.027 pessoas no território chinês e, de acordo com a pesquisa, somente 5,36% dos voluntários imunizados apresentaram reações de grau baixo ao medicamento. Ao todo, 3,08% tiveram dores no local da aplicação, 1,53% apresentaram fadiga e 0,21% febre moderada.

Para Doria, os "efeitos adversos de baixa gravidade para uma minoria de pessoas são comuns em vacinas amplamente utilizadas".

"A vacina da gripe, por exemplo, produzida aqui pelo Instituto Butantan em São Paulo para todos os brasileiros apresenta efeitos adversos pouco nocivos, como dor no local da aplicação e não mais do que 10% dessas pessoas da totalidade que são vacinados apresentam alguma reação dessa natureza", acrescentou.

A expectativa é de que os resultados sobre a eficácia da vacina estejam prontos em novembro. Caso esse cronograma seja mantido, o governo paulista acredita em uma liberação para vacinação na segunda quinzena de dezembro.

"A segurança e eficácia são dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina está pronta para uso emergencial na população. Estamos muito otimistas com os resultados que a CoronaVac apresentou até o momento", enfatizou Covas.

A China iniciou os testes em setembro em crianças e idosos. Até agora, 422 pessoas maiores de 60 anos foram imunizadas, com 97% de eficácia. Já nas crianças e jovens com idade entre 13 e 17 anos, 552 voluntários receberam a vacina.

No Brasil, por sua vez, 5.584 pessoas foram vacinadas até 21 de setembro.No total, 9 mil voluntários vão ser imunizados.

Vacinação -

Caso a CoronaVac se prove eficaz, o governo de SP protocolará um pedido para liberação emergencial da campanha de vacinação na Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Depois, os primeiros a receberem o medicamento serão os profissionais da saúde, segundo Doria.

De acordo com ele, um lote de 5 milhões de doses chegará da China no mês que vem. Ao todo, até dezembro, o país terá 6 milhões de vacinas prontas e outras 40 milhões formuladas.

"Teremos 60 milhões de doses até 28 de fevereiro, mais que suficiente. Vamos vacinar os brasileiros de São Paulo e, espero, os brasileiros de todo o Brasil", afirmou o governador.

Futebol -

Durante a coletiva de imprensa, Doria aproveitou para informar que não permitirá público no estádio durante partida entre Brasil e Bolívia, pela eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. O jogo será dia 9 de outubro, na Arena NeoQuímica, do Corinthians, em Itaquera.

Segundo José Medina, coordenador do Centro de Contingência de Combate à Covid-19 em São Paulo, "o cenário atual da Pandemia não permite retomada de público em evento de grandes aglomerações como nas partidas de futebol".

Ontem (22), o Ministério da Saúde aprovou a proposta da Confederação Brasileira de Futebol para a volta das torcidas aos estádios nos jogos do Campeonato Brasileiro.

No entanto, Doria reforçou que "essas medidas de volta do público aos estádios só serão adotadas pelo governo quando aprovadas pelo centro. Não há pressão política, econômica ou do esporte".(com agência Ansa)