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Bijuterias e bolsas reativam talentos

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A moda brasileira se empenha em descobrir designers jovens que darão continuidade à nossa fama de originalidade e criatividade. Além destes novos, profissionais veteranos continuam ativos no setor, depois de passarem por muitos altos e baixos. Poucos países contam com criadores que trabalham por conta própria, sem participação de holdings, como Mara McDowell, que trabalha há 56 anos à frente primeiro da Mariazinha e depois da Mara Mac.

Outra boa história é a de Sonia Mureb. Há cerca de seis meses Sonia começou a juntar continhas e patuás em colares que logo chamaram a atenção das consumidoras no Instagram. O que era apenas uma maneira de passar o tempo virou uma coleção de peças únicas em metais e resinas.

Macaque in the trees
Sonia Mureb e a série de peças turquesas (foto Ines Rozario) (Foto: Ines Rozario)

"Trabalho muito! Pesquiso as peças no Saara, reinvento modelos com elos de tartaruga, conchas, turquesas, tudo em resina. Encontrei em uma gaveta uma caixa de botões lindos, de madrepérola, que nem são mais fabricados, fiz outros colares!", conta Sonia, que começou na moda nos anos 70, com a butique Trapo, na rua Francisco Sá e se consagrou com a marca La Bagagerie, que chegou a participar de semanas de desfiles no Brasil e eventos internacionais, mas acabou fechando em 2006.

Da atual série de acessórios, vista em tarde de exposição nos salões de Carla Roberto e Raul Barbosa _ casal que também se destacou nos anos 1980, com inovações na moda masculina _ , Sonia sugere alguns estilos. "Os colares de miçangas devem ser usados em lotes de seis unidades. Uma novidade de look é o colar de contas médias, arrematado por borlas de seda, que fica elegante, sem fechar, caindo aberto na frente do corpo ou nas costas". Um look aprovado na hora pela estilista Liz Machado, que incorporou o modelo. Mesmo com o visual luxuoso, este colar da Sonia custa R$ 180, um bom preço para este tipo de acessório artesanal.

Além das contas e miçangas

As gavetas da La Bagagerie continham outras preciosidades: lenços de seda. Com eles, Marcilio Mureb, ex-marido e ainda amigo da Sonia, voltou a confeccionar bolsas originais, com alças para tiracolo ou atravessar no corpo. São pochetes a partir de R$ 190. Há também cestos com alças de couro e entalhes de tecidos africanos, desde R$ 290.

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Colar longo para usar aberto, com acabamento de borlas de seda (foto Ines Rozario) (Foto: Ines Rozario)
 
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Lenços antigos formam as bolsas confeccionadas por Marcilio Mureb (foto divulgação) (Foto: Ines Rozario)
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Fios de metais e conchas para looks de verão (foto Ines Rozario) (Foto: Ines Rozario)
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Correntes de tartaruga de resina em várias versões, por Sonia Mureb (foto Ines Rozario) (Foto: Ines Rozario)

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Marcilio Mureb mostra a bolsa de palha e acabamentos de couro (Foto: Ines Rozario)

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Criações que chegam do Sul

Bolsas constituem um dos acessórios de maior sucesso no universo do consumo de moda. Segundo analistas do setor, a razão é simples: bolsa não exige manequim específico, nem idade para ser levada nos ombros, nos braços ou como mandam as tendências, atravessada no corpo.

Direto do sul do Brasil chegam criações assinadas por Luiz Eduardo Siqueira Campos para a marca Hasen Company. Em couros nobres e certificados pelo IBAMA o designer que ficou conhecido pelas coleções criadas para a Arrivare, outra marca do Rio Grande do Sul, está lançando carteiras e minibolsas em peles de python, jacaré e pirarucu. Sempre com detalhes preciosos, como fechos trabalhados em metais ou com aplicações de pedras brasileiras.

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Pele de python certificada pelo IBAMA na carteira assinada por Luiz Eduardo Siqueira Campos (foto divulgação) (Foto: Divulgação)
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Carteira em pele de pirarucu com fecho de metal escurecido (Foto: Divulgacão)
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Minibolsa com pedra brasileira no fecho, assinada por Luiz Eduardo Siqueira Campos (Foto: Divulgacão)
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Bolsa da Arezzo para o alto-verão, em tom verde eucalipto (Foto: Divulgacão)

Mais próxima do grande varejo, a rede Arezzo antecipa o alto-verão com a aposta em quatro linhas: Las Salinas, Neo Marine, Natural Escape e Tropical Sun. Um destaque para a série no tom Baby Green, um verde neutro, fácil de complementar roupas nos tons naturais do momento.

Porque afinal, ainda que haja mais liberdade de montar looks sem a preocupação de combinar cores, as adeptas da moda continuam tratando de se exibir com as novidades dentro de padrões harmoniosos. Dificilmente uma brasileira imitaria a inglesa Jane Birkin, que nos anos 1960 saía para a noite com um cestão de palha...

Ines Rozario - Pele de python certificada pelo IBAMA na carteira assinada por Luiz Eduardo Siqueira Campos (foto divulgação)
Divulgacão - Carteira em pele de pirarucu com fecho de metal escurecido
Ines Rozario - Sonia Mureb e a série de peças turquesas (foto Ines Rozario)
Divulgacão - Bolsa da Arezzo para o alto-verão, em tom verde eucalipto
Ines Rozario - Marcilio Mureb mostra a bolsa de palha e acabamentos de couro
Ines Rozario - Correntes de tartaruga de resina em várias versões, por Sonia Mureb (foto Ines Rozario)
Divulgacão - Minibolsa com pedra brasileira no fecho, assinada por Luiz Eduardo Siqueira Campos
Ines Rozario - Lenços antigos formam as bolsas confeccionadas por Marcilio Mureb (foto divulgação)
Ines Rozario - Fios de metais e conchas para looks de verão (foto Ines Rozario)
Ines Rozario - Colar longo para usar aberto, com acabamento de borlas de seda (foto Ines Rozario)