No começo da tarde desta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff recebeu o presidente da Franca, François Hollande, para um almoço no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O hotel preparou um almoço para 14 pessoas, que é servido num salão com 120 metros quadrados.
Também participam do almoço o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Mais cedo, Hollande teve uma reunião de cerca de 40 minutos com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Hollande chegou mais de vinte minutos atrasado para a reunião. Os dois debaterem a crise financeira mundial que atinge, principalmente, os países europeus.
Segundo o Instituto Lula, o ex-presidente e o socialista francês chegaram a um consenso de que não bastam medidas de austeridade para combater a crise.
Lula cumprimentou Hollande pela vitória de seu partido nas eleições do último fim de semana, quando o Partido Socialista Francês conseguiu maioria no parlamento. Já Hollande se disse feliz pela recuperação do ex-presidente brasileiro.
Lula foi obrigado pelos médicos a reduzir a sua agenda, mas a reunião com o presidente francês foi mantida porque, além da afinidade política entre o PT e o Partido Socialista Francês, Hollande e Lula compartilham o diagnóstico sobre a crise financeira internacional e têm opiniões semelhantes sobre os caminhos para superação das dificuldades econômicas e financeiras enfrentadas pelos países do mundo. O ex-presidente Lula, no seu governo, defendeu que a crise se origina e foi alimentada pelos abusos do mercado financeiro internacional desregulamentado, e essa também é uma visão do presidente francês.
Em outubro, em Madri, numa reunião entre Lula e Hollande, então candidato à Presidência da França, o centro do debate foi a crise que atinge com especial violência os países da União Europeia e a experiência brasileira de enfrentamento desse momento crítico da economia internacional com uma política de crescimento, geração de emprego e distribuição de renda.