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Manifestantes fazem protesto no dia em que Cabral completa um ano preso

Grupo também cobra a manutenção da prisão de Picciani, Paulo Melo e Albertassi

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Nesta sexta-feira (17), dia em que Sérgio Cabral completa um ano preso, um grupo de manifestantes fez um protesto contra o ex-governador em frente à Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Com cartazes, tambores, bolo e até espumantes, os manifestantes também cobravam a permanência do presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), Jorge Picciani, e dos deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, na prisão. Os três parlamentares foram presos na quinta-feira (16), após decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). 

Durante o protesto, o grupo cantava a música Vou festejar, famosa na voz de Beth Carvalho, cujos versos falam: Chora!/Não vou ligar/Chegou a hora/Vais me pagar/Pode chorar/Pode chorar. E ainda: É, o teu castigo/Brigou comigo/Sem ter porquê/Eu vou festejar/Vou festejar/O teu sofrer/O teu penar.

Cabral foi preso no dia 17 de novembro de 2016, na Operação Calicute, acusado de receber propina para fechar contratos públicos. O ex-governador é réu em 16 processos, e já tem três condenações. Ele foi condenado pelo juiz Sergio Moro a 14 anos de prisão na Operação Lava Jato, e pelo juiz Marcelo Bretas a 45 anos na Operação Calicute, e a 13 anos na Operação Mascate, somando 72 anos.

Recentemente, Cabral se envolveu em pelo menos duas polêmicas na cadeia. A primeira quando teve uma discussão com o juiz Marcelo Bretas, durante depoimento, e fez insinuações sobre a atuação da família do magistrado no ramo de joias. Bretas entendeu as insinuações como ameaças e decidiu transferi-lo para um presídio federal. Contudo, a decisão foi revertida pelo ministro do Supremo Tribunal federal, Gilmar Mendes.

Outra polêmica diz respeito á instalação de um "cinema VIP" na cadeia onde Cabral está preso. Inicialmente, a informação era de que os equipamentos (televisão de tela grande, home theater, aparelho de DVD e uma variedade de filmes) teriam sido doados por uma igreja. Contudo, pastores negaram a doação, e afirmaram que Cabral havia os convencido a assinar papeis simulando que o equipamento, que já estava na cadeia, teria sido providenciado pela igreja.