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Taxistas x Uber: população divide opiniões no Centro do Rio

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A rivalidade entre taxistas e o Uber - aplicativo usado para chamar motoristas autônomos - divide opiniões no município do Rio de Janeiro, que teve uma manhã de sexta-feira (24/7) tumultuada por causa de uma manifestação promovida por taxistas que praticamente parou o trânsito em diversos pontos da cidade. Para usuários, o serviço prestado pelo Uber não é seguro, pelo fato dos motoristas não constarem na lista de credenciados da Prefeitura. Já outros passageiros, consideram que a concorrência estimula a melhoria no atendimento.

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"Eu acho o Uber bem seguro, é um aplicativo que fomenta o transporte público na cidade, então, acho válido o serviço deles", opina o auditor Israel dos santos. Ele classifica ainda o serviço do Uber melhor do que dos taxistas legalizados. "Já cansei de pegar taxi legalizado me atrasou, não apareceu na hora que eu combinei, enquanto vários amigos meus que são usuários do Uber não me relataram este tipo de problema", conta.

Para Gisele Duarte, a polêmica começa pelo aplicativo estar ligado ao mundo dos start-ups (empresas definidas como iniciantes na área de tecnologia), já teve boa aceitação em outros países, mas no Brasil, por questões burocráticas, as pessoas ainda não estão preparadas para receber este tipo de inovação. "Mas ele é importante para o crescimento da tecnologia no pais. É uma concorrência saudável [com os taxistas], mas eles não entenderam isso", diz ela, acrescentando que é um modelo de negócio que deu certo no exterior e pode ter o mesmo sucesso no Brasil, se adequado à legislação. 

Gisele disse que já usou táxis legalizados com motoristas apresentando sinais de embriaguez, sonolência, destacando que a questão da segurança, na sua opinião, não está associada diretamente ao fato do taxista estar ou não credenciado ao poder público.  

O turista João Rodrigues acompanhou o ato dos taxistas na cidade e passou a conhecer o Uber e não aprovou o serviço. "Eu acho injusto, os taxistas pagam tudo direitinho, impostos, são fiscalizados, enquanto o Uber não tem este trabalho todo. Não oferece nenhuma segurança, eu prefiro pegar o táxi comum", afirma ele. O passageiro Mauro Penedo avalia que o aplicativo é bom para o cliente, mas ruim para os concorrentes. "Eles [taxistas] pagam os impostos deles e têm o direito de reivindicar, como estão fazendo agora", diz ele.

A dona de casa Conceição Rosa acha que o Uber é "ilegal" e a população devia apoiar somente os serviços legalizados de transporte. Mesmo com a promoção feita pelo Uber nesta sexta (24), de não cobrar pelas corridas até R$ 50, a dona de casa disse que não usaria os carros credenciados ao aplicativo tecnológico.