O Blog do Garotinho informa nesta segunda-feira que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou duas novas ações de improbidade administrativa pedindo a devolução de R$ 730 milhões aos cofres públicos por conta do escândalo da compra superfaturada de viaturas da Polícia Militar, já denunciado pelo Jornal do Brasil no dia 15 de maio. O MP já tinha entrado com uma ação contra o secretário de Segurança, José Marino Beltrame, por suspeita de fraudes no contrato de aquisição dos veículos.
Segundo o Blog, desta vez os acusados são o ex-chefe da Casa Civil Regis Fichtner e o seu ex-chefe de gabinete Artur Bastos, que hoje é conselheiro da Agetransp. Outra ação acusa o ex-chefe do Estado Maior da PM Álvaro Garcia de participação no mesmo esquema.
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O Ministério Público afirma que eles assinaram contratos superfaturados com a empresa CS Brasil, pertencente ao grupo Júlio Simões. Segundo o MP, o valor pago pelo estado do Rio de Janeiro é 347% maior que a média do mercado.
As investigações do MP tiveram início após as denúncias feitas pelo coronel da PM Ricardo Paúl, um dos oficiais que o ex-governador Sérgio Cabral mandou prender em Bangu 1 por reivindicar melhores condições de trabalho.
A exemplo do que ocorreu com Beltrame, o MP pediu o sequestro dos bens dos acusados e a perda dos cargos públicos.
Há informações de que o ex-secretário Regis Velasco Fichtner estaria com as malas prontas para morar na Alemanha.