O Consórcio Vigliecca Marobal, com 182,96 pontos, foi o primeiro colocado na proposta técnica para a licitação do projeto de elaboração do Plano Geral Urbanístico do Complexo Esportivo de Deodoro para os Jogos Olímpicos de 2016. Nove esportes serão disputados no local, e o secretário da Casa Civil, Régis Fitchner, chamou atenção para duas utilidades do novo Complexo, com início de construção prevista para março do ano que vem: “O plano de encargos tem que atender às Olimpíadas e ao legado para a cidade. Isso é o mais importante”, disse o secretário, que garantiu ainda que as obras de Deodoro estão no prazo. “Estamos confortáveis com as obras e o planejamento”.
No total, seis consórcios participam da licitação: além da líder Vigliecca Marobal, nesta etapa técnica apresentaram propostas o Consórcio Parque Deodoro 2016(179,82 pontos); Consórcio Deodoro 16(166,66 pontos); Consórcio Arquipélago(165,75 pontos), e Consórcio Piasi(137,81). Após esta primeira etapa, será analisada a proposta econômica. O vencedor da licitação, que deve ser conhecido até o final de maio, será o que apresentar a melhor proposta que englobe os aspectos técnico e financeiro.
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Custos
Fitchner aproveitou para comentar a contestação do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro ao edital de concorrência, no valor de R$ 37,5 milhões. Em março deste ano, o TCE questionou principalmente o fato de estar previsto um gasto de R$ 879.219,00 em uma elaboração de maquete. Para Fitchner, tudo foi um mal-entendido, já superado, aproveitando para justificar os gastos maiores com o projeto da Canoagem Slalom:
“A elaboração da maquete envolve o projeto todo. O custo disso é o valor internacional. A canoagem Slalom é algo bem complexo porque a maquete precisa envolver toda uma hidrodinâmica que dificulta e encarece o projeto. Temos que ter corredeiras que simulam subidas e descidas, por exemplo. Vamos ter que começar por ela. O custo (de R$879.219,00) será relativo ao projeto”, relatou Fitchner, aproveitando para responder aos que insinuam que o preço é bem maior do que o projeto de Londres em 2012 para a mesma modalidade, que ficou na média de R$ 300 mil. “O custo foi referente só à maquete. O custo total foi muito além, eles tiveram que refazer todo o projeto”, rebateu.
O Complexo de Deodoro é um dos quatro locais onde ocorrerão provas durante os Jogos Olímpicos de 2016. Além do bairro da Zona Norte, Copacabana, o Complexo do Maracanã e a Barra da Tijuca também terão locais de competição.
Complexo do Maracanã
Fitchner também aproveitou para falar sobre a demolição do Estádio de Atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare, após o encontro com a presidente do comitê de trabalho do Comitê Olímpico Internacional para 2016, a marroquina Nawal El Moutawakel: "Fomos até o Maracanã com ela e com o presidente Nuzman para que ela visse a necessidade de se acabar com o que temos hoje. Ele viu onde será o novo Célio de Barros e ficou satisfeita", relatou o secretário. “A reconstrução dos dois centros está no edital de concessão do estádio. Ela achava que o Célio de Barros era o único lugar do Rio destinado a treinamentos de atletismo e mostramos a ela que não é bem assim" finalizou.