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Balas usadas na morte de juíza são da Polícia Militar, diz jornal 

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Os 21 projéteis recolhidos por peritos no carro onde a juíza Patrícia Acioli foi morta no dia 11 teriam sido compradas pela Polícia Militar e enviadas para três batalhões do Rio, entre eles o 7º BPM (São Gonçalo). As informações foram publicadas no jornal O Dia desta segunda-feira. 

As informações teriam sido conseguidas junto aos agentes da Divisão de Homicídios (DH). Segundo os policiais, os cartuchos de calibre 40 - recolhidos no local do assassinato - pertencem a um lote de 10 mil projéteis vendido pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) à Polícia Militar. 

>> Juíza morta nunca pediu escolta, diz ex-presidente do TJ-RJ

Agora a polícia quer descobrir quais foram os batalhões que receberam as munições deste lote de projéteis calibre 40.  O batalhão de São Gonçalo - área de atuação da magistrada e onde ela já havia determinado várias prisão de policiais envolvidos com um grupo de extermínio - estaria entre os que receberam a munição.

Ainda de acordo com informações dos agentes, apenas os projéteis de calibre 40 são da Polícia Militar. Os de calibre 45, no entanto, pertencem às Forças Armadas. 

Entenda o caso

A magistrada Patrícia Acioli, 47 anos, foi atingida por 21 disparos na noite do último dia 11. Ela chegava em sua casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, quando foi rendida por homens armados em motos e carros. Segundo testemunhas, seriam quatro assassinos.

A juíza constaria numa lista de 12 nomes marcados para morrer apreendida com o miliciano Wanderson Silva Tavares, o "Gordinho". O suspeito está preso.