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Caso Patrícia Acioli: preso com 'lista negra' é aguardado em fórum

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Preso em janeiro deste ano em Guarapari (ES), Wanderson Silva Tavares, o "Gordinho", é esperado na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, na tarde desta terça-feira. Uma lista com 12 nomes de pessoas que estariam marcadas para morrer foi encontrada com ele. Entre os nomes listados está o da juíza Patrícia Acioli, morta na última sexta-feira (12).

Para comparar se a voz registrada numa escuta telefônica é a de Wanderson, peritos do Ministério Público pretendem realizar uma perícia de voz com o suspeito. 

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O Disque-Denúncia já recebeu 96 ligações com informações sobre a morte da juíza Patrícia Acioli, assassinada na última quinta-feira na Região Oceânica de Niterói. Um dos telefonemas dava conta de que detentos do presídio Ary Franco, em Água Santa, Zona Norte, seriam os mandantes do crime. 

De acordo com a ligação, presos ligados à exploração de máquinas de caça-níqueis na Região Metropolitana teriam planejado o assassinato. Esta ligação teria sido feita ao Disque-Denúncia na segunda-feira.

Todas as informações recebidas estão sendo encaminhadas para a Delegacia de Homicídios, responsável pelo caso. Quem tiver alguma informação a respeito dos autores do assassinato, pode ligar para o telefone (21) 2253-1177. O anonimato é garantido.

A principal suspeita da Polícia Civil é de que a magistrada tenha sido morta em represália a alguma condenação feita contra um grupo de extermínio desbaratado por Patrícia que agia no município de São Gonçalo.

Parentes querem proteção para filhos

Com medo de novos atentados, parentes de Patrícia Acioli querem segurança para os dois filhos da vítima - de 10 e 12 anos - , para funcionários da casa onde a juíza vivia e para seu ex-marido, um policial militar.

Força-tarefa de três juízes substituirá magistrada morta 

Uma força-tarefa formada por três juízes assumiu segunda-feira a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo (RJ), onde atuava a juíza Patrícia Acioli. Os magistrados farão levantamento dos casos que estavam sob responsabilidade da juíza para avaliar possíveis ligações entre réus e o assassinato. 

O grupo vai levantar detalhes de todos os casos para o cruzamento dos dados com pistas reunidas pela polícia sobre os suspeitos do crime. 

A possibilidade de crime passional - o namorado dela, o PM Marcelo Poubel, a teria agredido fisicamente ao menos duas vezes -, não está descartada oficialmente, mas é considerada cada vez mais improvável.